domingo, março 15, 2015

Domingo, 15.
Um ciclone com um nome rigolô, Pam, varreu literalmente o arquipélago de Vanuatu, no Pacífico. Ventos de mais de 340 quilómetros/hora, levaram tudo na frente: pessoas e casas, deixando um rasto de morte ainda incalculável devido à falta de electricidade e água, comunicações e transportes. A Austrália foi o primeiro país a chegar-se à frente para ajudar no que for possível, só depois veio a nossa querida União Europeia com um milhão de euros que pouco valem nas circunstâncias.

         - Ainda Oscar Wilde. No De Profundis ele recorda o chulo por quem teve a infelicidade de se apaixonar, o quanto ele o arruinou. Só no Outono de 1892 à data da prisão, gastou com Bosie 5.000 livres (libras). Destes 233 livres em tabaco, vinhos e jóias. Um dia em Londres – almoçar, jantar, souper, divertimentos, fiacre – variava entre 12 e 20 livres. Numa semana em Paris desembolsou com ele 150 livres, incluindo o criado de quarto italiano do marquês. No Verão de 1893 alugou uma casa em Goring, junto ao Tamisa, por 1340 livres. Arruinado e na prisão, faz o balanço da sua maldição e conclui: j´avoue franchement que la folie d´avoir gaspillé tout cet argent pour toi et de t´avoir laissé dilapidé ma fortune pour ton mal comme pour le mien, donne à mes yeux une allure de vulgaire débauche à m´en rend doublement honteux.

         Pois. Eu conheço um ou outro amigo nas mesmas condições, inúteis que se aproveitam e instalam-se passando a viver à conta. Quando me pedem conselho, digo invariavelmente: é melhor pagares a queca, sai mais barato, e não tens que aturar um aproveitador a teu lado. Mas agora a moda é o casamento e os mesmos incautos caiem no conto do vigário refinado. Pouco tempo depois, começam a experimentar o sabor amargo do casamento falsificado.


         - A pouco e pouco, os grandes cérebros do PS, dos chamados independentes, dos auto-excluídos e toda essa casta de dependentes do comentário político, começam a dar-me razão: António Costa é um balão cheio de ar. Um murmúrio corre nas ruas: “António Seguro, volta por favor, suplico-te!”