quinta-feira, novembro 02, 2023

Quinta, 2 de Novembro.

Fortes tempestades um pouco por todo o lado incluindo Portugal. Em França foi uma catástrofe com a Bretanha que eu tão bem conheço voltada do avesso. Todavia, os cientistas recusam atribuir estes fenómenos naturais à fúria do capital que não se contentará enquanto não espatifar isto tudo. E mesmo assim... As guerras encarregar-se-ão de destruir o resto. 

         - Assim a fúria dos israelitas com o ataque ao campo de refugiados de Jabalia, bombardeado três vezes e onde ficaram palestinianos, judeus e homens do HAMAS. Penso cada vez mais que o que move Telavive é a exterminação total dos pobres palestinianos. Neste entretanto, o Egipto abriu a fronteira, em Rafah (obra de Joe Biden), para deixar passar quem tivesse passaporte estrangeiro e aos feridos de Gaza. Guterres não se cala e faz bem; diz-se chocado com mais este assassinato em massa. 

         - Por aqui, de súbito, disenteria de construção. Pequenos terrenos são murados para dentro deles crescer uma vivenda. Diz-me a minha técnica operacional (dobra a língua), que é obra de um rapaz que em dois anos fez fortuna em França. Felizmente que ainda ficam longe do meu portão e, mesmo que viessem para mais perto, tenho área suficiente para não os ter em cima de mim. Veremos como a paisagem vai ficar. Ao velhote que mora em frente do que antes era um pinhal quando o confronto: “Ainda bem. É melhor ter gente que árvores onde à noite vinha todo o putedo.” 

         - Em carta datada de Fevereiro de 1880 Gustav Flaubert diz a Guy de Maupassant a quem tratava por mon cheri: La terre a des limites, mais la bêtise humaine est infinie. Ajusta-se ao que se passa em Israel e na Ucrânia.