quarta-feira, novembro 29, 2023

Quarta, 29.

Ontem ouvi José Luís Carneiro na SIC. Fraco, muito fraco. Ele ainda não percebeu que se quiser impor-se, tem que afrontar o seu adversário de partido e de reconhecer que o PS foi uma maldição que aconteceu em Portugal. De contrário, não criará alternativa nenhuma e o bafio e nojo da propaganda e corrupção, arrogância e mentiras, estagnação e negociatas que foi a marca da governação António Costa, prosseguirá. Se os portugueses não forem estúpidos, percebem que em nada adianta novas eleições, se for para voltar a apostar na mesma loucura. Eu não ouvi no mesmo canal o seu rival, porque conheço de ginjeira o género e a lábia. 

         - A realidade é, todavia, outra: a imensa corrupção por todo o lado e, sobretudo, entre os governantes socialistas. Aqui vai mais um saído quentinho ontem. João Paulo Rebelo,  ex-secretário de Estado, foi alvo de buscas no inquérito que investiga suspeitas de favorecimento em contratos de diagnósticos de covid e na atribuição de contrato de assessoria a filho do ex-dirigente do PS de Viseu. Que disse o homem ante mais um caso alarmante de ganância e comportamento indigno? Disse o que todos dizem: "Estou de consciência tranquila."

         - Ontem, no metro, um pobre homem de cor, com os seus poucos haveres às costas, praguejava: “tubiciquibi”-  e a este tubiciquibinista ninguém acudia. 

         - A prova que os homens do HAMAS não são de todo “terroristas”, está na retoma de mais uns dias para troca de reféns e no facto de estes não terem relatado nenhuma espécie de tortura. Na volta os terroristas são os israelitas pela forma como assassinaram milhares de palestinianos, crianças, velhos e inocentes. Parece que o velho Biden se está a portar à altura. Ele interiorizou que de contrário o mundo inteiro o olharia como cúmplice de um genocídio. A este propósito, poderá dizer-se que o HAMAS foi uma criação israelita. 

         - Ouvi no carro quando ia para a piscina, o final da aprovação do Orçamento de Estado para 2024. António Costa mesmo na despedida, voltou à propaganda que nunca o largou - é um caso patológico. Em frente à Assembleia, uma multidão de gente em protesto, greves por todo o lado, urgências dos hospitais a meio gás, o próprio OE aprovado apenas pelos da sua cor com abstenção de um pobre homem, isolado, chamado Rui Tavares que, por sua vez, reclamou uma tonelada de leis por ele elaboradas e aprovadas pelos deputados. E não obstante, o primeiro-ministro demissionário, apesar da maioria, limitou-se a trabalhar a sua imagem para alto cargo em Bruxelas. Quanto à lei de quatro dias por semana de trabalho que o sujeito reclama a paternidade, tenho a contrapor que em 1985 a institui eu na empresa de publicidade que dirigi. Não é boa solução e profundamente injusta. Mas um dia deste direi porquê. 

         - O que diz o meu iPhone no resumo do dia de ontem em Lisboa: 4 km. andados, 3 pisos subidos, 6.437 passos, 8 horas de sono. Nada mau coxinho, coitadinho, nada mau. Se assim continuar, temo-lo para mais vinte anos. E se ele prosseguir a exercitar-se com fortes braçadas na piscina como hoje aconteceu, ultrapassará os 200 anos, olarila! 

         - Esta manhã, em dose dupla de trabalho, terminei a revisão da primeira parte do romance. Ufa! Queria tanto voltar à criação propriamente dita, que ninguém imagina. Mesmo que isso me traga noites tresloucadas, me obrigue a tomar calmantes, me ocupe a cabeça todos os minutos do dia; prefiro à distância, ao estado de ansiedade, à ausência do rumor das personagens, àquele diálogo entre elas e o seu criador, que tanto necessito e é em mim absolutamente indispensável.