sexta-feira, dezembro 16, 2022

Sexta, 16. 

O modus operandi de António Costa é sempre este: distribuir esmolas e nunca fazer reformas que dêem dignidade às pessoas. É uma política insuportável, propagandística, que favorece o seu ego, num país que se contenta com qualquer migalha naquela “é melhor que nada”.  Mais uma vez estou do lado do PCP quando assinala esta vergonhosa política, pedindo mais respeito pelos trabalhadores. 

         - Todos os dias há um caso suspeito de corrupção. O de hoje vem da Câmara de Vimioso, na pessoa do seu presidente, Sr. Jorge Fidalgo. A Polícia Judiciária anda a fazer buscas a negócios de contratos por ajuste directo. A câmara é PSD para variar. E como é habitual, o autarca foi constituído arguido assim como outros cúmplices, entre eles um socialista, suspeitos de crime de participação económica em negócio, o capataz afirma "a encontrarem algo, não poderá ser nada mais que erros administrativos ou processuais". O costume. 

         - A fundadora do INET-MD, senhora Salwa Castelo-Branco, na sua última lição na Universidade Nova de Lisboa: “O nosso trabalho tem também de servir a sociedade, temos de nos preocupar com os problemas do presente. Estar sempre em diálogo com o meio social em que nos inserimos, quer através da criação de conhecimento, quer através da aplicação desse conhecimento no concreto.” Depois lembrando-se do jovens com quem trabalhou toda a vida: “O futuro dos jovens – porque a precariedade é cada vez maior e tem de se encontrar uma maneira de a combater. Há muita gente que faz um pós-doutoramento, ou dois, ou três, e depois não encontra oportunidades. A situação é difícil, não só nas ciências musicais, mas em todos os domínios das ciências sociais e humanas.” Bem prega frei Tomás. Ninguém a escuta, quero dizer, os que a podem escutar fazem ouvidos de mercador.   

O socialismo ou a comédia que ele é, ficou patente na resposta que o primeiro-ministro deu ao Presidente da Câmara de Lisboa, a propósito das cheias dos últimos dias. Costa não visitou os lisboetas afetados, como fez o autarca, porque teve a sua própria casa inundada e não recebeu um único telefonema de apoio de Carlos Moedas. Sua excelência, apesar de tudo, é sua excelência o primeiro-ministro. Não é o padeiro, o dono de restaurante, o casal que não tem onde dormir, a empresa que vai fechar por não suportar os danos causados pela água que subiu ao primeiro andar, a família pobre que ficou sem os míseros trastes levados na enxurrada.