sexta-feira, janeiro 21, 2022

Sexta, 21.

Instala-se agora com frequência no final do sono, à primeira hora da manhã, quando vacilo em me levantar para começar o dia, uma espécie de desespero que mete medo e me lassa entre a decisão de acordar ou ficar a chafurdar naquele vale de exasperação. Em avalanche chegam ensaios da minha morte, confusão de situações que tenho de enfrentar e com frequência aqueles finais de mês que foram sempre para mim desesperantes, porque tinha de ter dinheiro para pagar aos funcionários da agência de publicidade que dirigi e parecem nunca mais me querer deixar. Depois, logo que ponho os pés no chão feitas as primeiras orações, entra em mim o esplendor do dia, tudo olvido e é com exaltação que me faço às horas que se seguem, sem que qualquer resquício permaneça a impedir a felicidade de me acompanhar.  

         - António Costa, na sua obsessão pela maioria, até ordenou ao SARS-CoV2 que parasse de infectar, de se expandir, de pular de indivíduo em indivíduo, e obrigou os mortos a saltar das covas, os vivos infectados a sair de casa, numa obcecação pelo voto que vai perder em favor de Rui Rio. Enquanto Costa, indiferente à doença e ao bem-estar dos votantes, meteu na cabeça que quer ganhar as eleições, os novos casos de covid-19 já ultrapassam 50 mil por dia.