sábado, janeiro 15, 2022

Sábado, 15.

Os ecos do debate dos privilegiados (assim os denomino porque todos os outros partidos tiveram apenas 15 minutos) estão por todo o lado. É publicidade acrescida, patuá sem interesse, ufanar de complementos pessoais que só favorece os intervenientes e não o país e os portugueses. Com Costa ou Rio, ao nível das promessas que nunca se cumprirão, a campanha (um eufemismo) parece que começou hoje. Entre, muito a propósito, Eça de Queirós: “A campanha eleitoral é uma navegação pestilencial pelo cano de esgoto de todas as imundícies da conveniência, do egoísmo e da ambição.” Eça de Queirós. in As Farpas.

         - A frase do dia: Portugal “é uma espécie de esqueleto bom para os estudantes de anatomia.” M, Fátima Bonifácio, no Público. 

         - Eu desejaria que a saída dos socialistas não nos trouxesse nada comparado com a partida de José Sócrates (na altura com maioria). Não sei não. Alguns signos de negociatas chegam para me questionar. Sobretudo quando a herança pidesca deixada na Câmara de Lisboa, chefiada pelo bebé Nestlé que Deus tenha, acaba de causar um rombo às finanças da autarquia: a Comissão Nacional de Protecção de Dados, multou a CML em 1,25 milhões de euros! Espero que parte deste dinheiro seja para reparar os estragos sofridos por aqueles que viram, indevidamente, os seus dados pessoais e expostas as suas pessoas, em embaixadas estrangeiras e países onde impera a ditadura mais feroz. 

         - Frio. Tenho a lareira acesa desde que acordei. Longo dia trabalho no romance e leituras várias.