sexta-feira, julho 16, 2021

Sexta, 16.

Dizem os entendidos e os outros, que as alterações climatéricas estão a destruir não só o Planeta, como as seus habitantes. Estou de acordo. Discordo, contudo, que as punições se façam, grosso modo, apenas do lado dos consumidores taxando-os com impostos e alterações de vida que os conduz a uma existência ainda mais difícil. Porque é tudo uma questão de dinheiro. Quem o possui pode continuar a poluir e a usufruir da belle vie e nem uma reprimenda é feita às grandes cadeias que atiram para o mercado todos os dias toneladas de inutilidades obrigando o consumidor, sobretudo os mais pobres e analfabetos, a gastar sem freio. Há tanta hipocrisia quando o mercado e os políticos falam de ambiente! 

Vem esta introdução a propósito das alterações climáticas ocorridas nestes últimos dias um pouco por toda a Europa e não só. Na Alemanha morreram até hoje nas enxurradas e chuvas diluvianas, pelo menos mais de 100 pessoas, e centenas estão desaparecidas. O temporal arrastou vilas inteiras, destruiu pontes, casas, virou carros, rios transbordaram e instalou o caos por todo o lado; edificações que pareciam sólidas, acham-se de subido reduzidas a um monte de destroços. Assim aconteceu na Bélgica também, Turquia, Suíça e nos países baixos, como a Finlândia. Enquanto na Rússia é a canícula que paralisa a vida. Por cá, felizmente, apesar de a temperatura ter aumentado, ainda se suporta sem grandes problemas à parte a praga de incêndios que já fazem as notícias das cadeias de televisão europeias. 

         - A baralhada sobre a Covid-19 que por aí vai! Ouvi na TSF a directora da DGS dissertar sobre o problema e pareceram-me sensatas as suas palavras e avisos. Mas quando abri o Público, li o manifesto de 21 signatários do documento “Reconquistar o Direito a Viver”, médicos na sua maioria e, curiosamente, apenas duas vozes femininas. Este facto descansou-me. As mulheres são mais sensíveis às urgências e necessidades de quem sofre e costumam ter mais acuidade e tento na língua.