domingo, maio 30, 2021

Domingo, 30.

Como vai este quintal socialista? Vai como sempre tem ido, de mal a pior. Ontem António Barreto teceu duras críticas a um decreto-lei que eu havia abordado de passagem aqui. Refiro-me à Carta Portuguesa dos Direitos Humanos na Era Digital. Compilo do seu artigo: “A lei aprovada pelo Parlamento pelo Presidente da República e referenciada pelo Governo acaba de criar um regime de orientação, vigilância, censura a posterior, delação e controlo da liberdade de expressão, inédito na democracia e só parecido com algo em vigor durante a ditadura salazarista.” Assim sem papas na língua. Esta lei, retomo eu, decretada por Marcelo a 8 de Maio, estabelece “protecção contra a desinformação” e legaliza a censura através de uma Entidade Reguladora (julgo que ainda nem criada foi), ao invés dos tribunais, de pessoas singulares ou colectivas que “produzam, reproduzam ou difundam” informação considerada pelo Estado como “desinformação”. Eu devo ser dos primeiros a ser calado mesmo antes de ser julgado! Se atentarmos na data, vemos que ela foi aprovada à revelia da nação, dos portugueses, num período em que todos nós estávamos preocupados com os que sofriam nos hospitais, morriam sós, e confinados sob a revolta. A esquerda, com esta mordaça, vai poder continuar e alargar a sua hegemonia, impor as suas ideias, ditar o que é desinformação, o lápis azul em riste desde que não lhe agrade as verdades. A democracia dá para tudo. O que antes Salazar fazia chamavam fascista, o que hoje a esquerda faz é ao abrigo da democracia. Que embuste! Mais: a lei nº 27/21 de Maio, foi aprovada por toda a esquerda, pela direita e pelo centro (PS, PSD, BE, CDS, PAN, e as meninas ditas independentes Joacine Moreira e Cristina Rodrigues), com a abstenção do PCP e PEV, Chega e IL. Como se vê o Parlamento inteiro, muitos deles combateram a Censura fascista, sofreram com ela, mas isso são águas passadas. Uma canalhice. Gente que teme a verdade, a liberdade. Insistem eles que vivemos em democracia... 

         - Por exemplo. O socialista da ala esquerda do PS (é apelidado assim, por isso não me venham dizer que isto é desinformação), de nome Pedro Nuno Santos, prepotente e arrogante personagem da nossa história (posso provar em tribunal), investiu contra o dono da Ryanair (não sei se deva dizer CIO porque agora todos são CIO, a pacovice impera), Sr. Michael O Leary que, e muito bem, protestou junto da UE contra as ajudas que Portugal deu à TAP por achar que se trata de concorrência desleal. O holandês justificou como eu  costumo fazer, afirmando que os contribuintes portugueses precisam de hospitais e escolas mais do que uma empresa dita “de bandeira nacional”. Que respondeu o nosso socialista estimadíssimo dos trabalhadores que despediu em massa, reduziu salários e espezinhou-os como quis: “Portugal não aceita intromissões nem lições de uma companhia aérea estrangeira.” A fragilidade do homem está na resposta. 

         - Realmente, se somos tão bem governados, porque raio nos insurgimos tanto?! Outro exemplo. Eu tenho cada vez mais tendência a estar do lado dos alienados amantes do futebol e da juventude que se embebeda pela noite dentro nos bares das grandes e pequenas cidades, nas tintas para o coronavírus, para as ordens emanadas da sacrossanta DGS, a polícia que perdeu os serões com os filhinhos queridos. Apetece-me dizer: “tendes razão”. Eu digo e redigo que não há como os socialistas no amor, obsessão e importância do dinheiro. O inteligente Boris Johnson, protegendo o povo que governa, enxotou a canalha do futebol, mais os vírus e as bebedeiras, para o Porto ou seja Portugal sempre de mão estendida a receber os patacos dos que sabem fazer crescer as suas industrias e são ricos pelo saber da sua política e o trabalho das suas populações. Bom. Na propaganda socialista que antecedeu a chegada dos grosseiros ingleses, o Governo disse que vinham “numa bolha” quer isto dizer num avião que os despejava no estádio e os recolhia logo a seguir ao jogo de volta; o senhor lá do Norte, designado “penso eu de que”, chegou a dizer que o Porto não tinha a canalhada de Lisboa referindo-se aos tristes episódios do final na taça não de quê. Vai-se a ver foi o delírio: milhares nas ruas da cidade Invicta, sem máscara nem distanciamento, alcoolizados, selvagens, a ponto de ter havido confrontos graves com a Polícia e os bares haverem fechado por medo dos desacatos. Tudo isto quando a malta do futebol nacional, anda há dois anos a carpir o desespero de não poder assistir nos campos à exibição dos seus ídolos. Qual é a lógica desta governação socialista? Tem esta gente algum crédito ainda? À conta deles, de todos os deputados e do Presidente da República morreram milhares a seguir ao Natal e milhares de milhares caíram em sofrimento atroz. Eu não me esqueço.