Sábado,
29.
Num
artigo ontem no Público, Jorge Barreto Xavier, faz uma análise muito bem feita
à obsessão do PCP pela Festa do Avante. Limpo de ideias e texto, o articulista
põe os pontos nos ii: o futuro do partido pode estar em jogo. Nas últimas
eleições obteve apenas 6,3% de votos, mas se reincide em pôr em risco milhares
de pessoas só porque egoisticamente precisa de uns patacos, é capaz de se vir a
igualar ao CDS (esta conclusão é a minha). Jerónimo de Sousa, que até costuma
ser equilibrado nas análises, perdeu o tino e falou outro dia em “forças da
reacção”, utilizando a mesma linguagem que os comunistas empregavam antes do 25
de Abril. Só que desta vez, as forças da reacção, estão distribuídas por todos
os quadrantes da vida política. Definitivamente o PCP não muda. Agora o que
tudo isto mostra, é que a força do PCP é maior do que a percentagem dos votos
que lhe deram os portugueses nas urnas em 2009 – e aqui reside o perigo para a
democracia.
- Nunca percebi porque se obstinou
António Costa em manter a TAP. Aquilo é uma companhia para encher meio mundo e,
à parte a fama de segura e tecnicamente fiável, não vejo nada mais que a
recomende. Fazendo a vontade ao João Corregedor, escrevi à companhia a reivindicar
o montante de três centenas de euros da viagem à Hungria que não pude realizar
devido à Covid -19. Responderam-me oferecendo um voucher 15,46€ para descontar numa próxima viagem. Ridículo!
- Estive a ler com muita atenção as
notícias de mais um “acto racista” por parte da Polícia de Wisconsin contra um
jovem negro. Não li em nenhum lado as razões que levaram o agente a disparar
sete balas, sete!, contra o infeliz deixando-o paraplégico. No fundo que quero
eu dizer com a interrogação, que a imprensa corre atrás do sensacionalismo e
não se queda a informar a parte inteira da notícia. Acredito que nenhum polícia
dispara por disparar, mesmo na América onde o porte de arma está divulgado.
Claro, qualquer que fosse o motivo dos disparos, estando a Polícia sempre em
vantagem, atirar sete balas leva-me a pensar que com elas seguiu o ódio e a
prepotência. Mas gostaria de saber que crime foi aquele que merecesse tão
monumental descarga. Para se perceber o barril de pólvora que é a América, com
interesses, raivas, incomunicabilidade entre raças, todos armados, sob
ideologias sociais e religiosas, sem cultura, a pobreza estendida no quotidiano
enfeitado de sucessos, basta ver que também há bandos organizados para defender
a Polícia! Assim, um rapaz de 17 anos, dias antes tinha matado dois negros e
ferido não sei quantos, para defender os agentes da autoridade, a supremacia
branca e a vida dos polícias. A milícia tem um nome: Kenoska (nome da cidade) Guard.
- Os falsos padrões político-sociais
do BE, reflectem um cinismo e aproveitamento insuportáveis. Falam de racismo e
agora as mulheres negras nos transportes públicos apanharam-lhe o gosto e desde
que um branco não ceda às suas estúpidas criancices despejam, alto e bom som, a
acusação de racista. A Glória contou-me que outro dia levantou-se para dar o
lugar a uma senhora idosa. Esta agradeceu e declinou a oferta dizendo que saía
na próxima paragem. Logo surgiu uma negra que ocupou o lugar ante a estupefacção
da minha vizinha. Insurge a benemérita, responde a oportunista: “Nunca ouviu
dizer que quem vai ao mar, perde o lugar?” A menina do BE que vai todos os dias
de transportes públicos para o Parlamento, que tem a dizer a isto? Talvez para
ela a racista seja a civilizada.
Olha quem é ela! (foto do Público) |
- Rui Pinto ao Der Spiegel : “Portugal
está sufocado pela corrupção.” Não podia ser de outro modo, adormecido com o
futebol, instruído com os dejctos da televisão, ignorante, entretido a viver a
vida medíocre que os políticos querem que ele tenha.
- Todo o dia ventou forte. A
temperatura baixou e o que se sente e penetra os ossos, é um ténue anúncio
outonal. Construi a embalagem para mandar ao Robert um frasco de compota de
figo, por correio azul, como resposta à sua sovinice. Duas horas de leituras.
Como amanhã vem cá lanchar a Alzira, fiz meia dúzia de scones. Jornada comme ci, comme ça.