Sábado,
22.
Putin
é um perito no género. Já não é a primeira vez que os seus opositores são
envenenados e o destino de Alexei Navalni é mais que provável ter sido também intoxicado
como, de resto, havia sido noutra altura. Ouvimos os seus gritos lancinantes
dentro do avião Tomsk-Moscovo e o comandante da aeronave decide por isso
aterrar em Omsk para que o líder democrático recebesse tratamento. Em coma,
ficou sob alçada de médicos que disseram não haver indícios de envenenamento,
mas sim de “doença metabólica causada pela falta de açúcar no sangue”. No
entanto, foram-lhe detectadas substâncias químicas nos dedos, no cabelo e nas
roupas. O advogado de 44 anos, bravo denunciador da corrupção que grassa no
Governo, já esteve várias vezes preso e recebe com frequência ameaças e ataques
das autoridades. Devido à desconfiança dos familiares nas instituições
hospitalares e ao estado-limite em que se encontra, foi acolhido hoje num
hospital alemão que para o efeito deslocou uma equipa de especialistas para o
trazer. Vladimir Putin, choroso, desejou-lhe rápidas melhoras. Céus!
- Mas a desumanidade e cinismo dos
dirigentes comunistas não se fica por aqui. Em Whane, esta semana, preparada
com rigor por Pequim, aconteceu uma festa gigantesca com milhares de chineses
dançando e cantando sem máscaras e em contactos físicos ao som de um dos
artistas populares lá do sítio. Aquela manifestação quer dizer ao mundo que
eles são mestres a subjugar o vírus, que os países podem confiar-lhes a compra
da sua vacina e é espelho de uma liderança que põe a léguas de distância a
americana. Não nos esqueçamos que os chineses, mesmo antes da epidemia, já
tinham lubrificada a máquina de venda de máscaras, aparelhos de respiração,
fatos impermeáveis, etc.
- Na califórnia 200 mil pessoas foram
desalojadas das suas casas devido a múltiplos incêndios, pelo menos seis
morreram. Os fogos foram provocados por violentas trovoadas durante uma
tempestade que não memória.
- No culminar de uma semana de
corrupio contubernal, ontem almocei nas docas de Belém com o Guilherme e
Carlos. Conversa superficial, mas nem por isso desinteressante, provida de
risada e boa camaradagem. A esplanada estava cheia, o sol reflectia nas águas
do Tejo, atmosfera de veraneio, corpos desenhados contra o azul imenso do céu.
Um perfume de felicidade volteava no ar.