sábado, julho 18, 2020

Sábado, 18.
No dia em que se rompeu o saco do BES, a menina Mariana Mortágua botou discurso para afirmar que considera difícil que José Maria Ricciardi não soubesse do que se tramava no grupo sendo um dos administradores. O banqueiro responde-lhe “que não admitia que a deputada bloquista fizesse esse tipo de acusações gratuitas” e acrescentou: “devia ter vergonha e desaparecer de vez.” Pois eu estou do lado da parlamentar e acho que nos é mais útil sob todos os aspectos que o banqueiro. Se alguém devia desaparecer por não fazer nenhuma falta, era sua excelência o senhor Ricciardi. Portanto, op dégagé, mas deixe a mala abarrotar do muito que roubou.

         - Aquela criatura arrogante e inchada de importância que dá pelo nome de Pedro Nuno dos Santos, cripto-sucessor de António Costa, quer impor a desobrigação do limite de passageiros nos transportes públicos, contra todas as diretivas da OMS e da DGS. A ministra da Saúde fez-lhe frente contestando a vontade do homem que só tem na mira ocupar a cadeira do seu chefe. Chegado o momento, se houver que optar entre um e outro, que ganhe de novo o primeiro-ministro.

         - Nem a propósito. Chou Chou que é uma cópia daquele que está em bicos de pés para suceder a este, andou a passear pelo centro de Paris, dando-se ares de vulgar cidadão, em blusão, sem gravata, mas... protegido por um pequeno exército de gorilas. O homem, embora pequenote, não passou despercebido. A dada altura, alguns parisienses abordam-no e os franceses que sempre o destetaram, interpelam-no Palavra puxa palavra e um deles diz-lhe na cara laroca de bairro periférico, “o senhor é meu empregado”. Macron, entupiu, reduzido à sua insignificância. Em democracia não há vedetas, há dirigentes e... de passagem. O que se deve respeitar e louvar são as suas acções e não a importância que eles julgam possuir com o poder que não lhes pertence.


         - Calor tórrido. Fui tomar café a casa da Glória e saí com uma cesta de tomates, cebolas, pepinos, ovos. Depois fui mais adiante, a Azeitão, para um lanche-ajantarado em casa de amigos franceses. Isto foi ontem. Hoje, regas cumpridas, disparei para Setúbal com passagem pela feira dos brocantes e mercado do Livramento. Há pouco, por causa dos filhotes do Black, caí e esfolei o joelho da perna que os rapazes espigadotes ao admirá-la ciciam coisas indizíveis tendo ficado numa bola, com outra mais pequena na parte detrás.