domingo, julho 05, 2020

Domingo, 5.
Chou Chou cometeu um grande erro ao demitir o primeiro-ministro. A cena de ciúmes vai-lhe sair cara, dado que Édouard Philippe tem agora campo aberto para se lançar à Presidência da República e a simpatia dos franceses.  

         - Há vários alertas que nos antecipam o desastre dos milhões despachados para a TAP. A última é da presidente do Conselho das Finanças Públicas, Nazaré Costa Cabral, que alertou para o impacto de despesas com a TAP. Diz ela que “o empréstimo pode comprometer necessidades nas áreas da saúde e da segurança social”, além de recear que os milhões escasseiem depois para coisas fundamentais como hospitais e equipas médicas. Dir-me-ão que o negócio é um acto político e eu responderei: “lá está – um gesto político”. Vou dar a palavra mais uma vez a António Barreto: “A saga da TAP é um bom exemplo da promiscuidade de interesses, da fraqueza negocial de Portugal e da debilidade das instituições com a missão de fiscalizar e avaliar. Assim como do pensamento dogmático em vigor, à esquerda como à direita, relativamente aos grandes problemas nacionais.” Preparem-se para o que aí vem. Vamos entrar de novo num período assustador e mais uma vez com os socialistas no poder. Não quero dizer que é a eles que se deve a pandemia, não. Mas vai ser a eles que teremos de pedir contas pela forma como gastaram os nossos dinheiros. E acrescento: o próprio negócio da TAP feito por Passos Coelho, foi ruinoso e inadmissível. Muita gente se aproveitou dele, enquanto os contribuintes e Portugal não passam da triste e crónica miséria. É tão fácil governar com o dinheiro dos outros! A mediocridade de políticos que temos tido, é responsável pelos 2 milhões de pobres, pelo analfabetismo encoberto com uns quantos anos de escolaridade para inglês ver, o pensamento baixo, a inveja e mesquinhez, a pobreza dos espíritos e a dependência do futebol. Um país assim não tem qualquer espécie de futuro.

         - Madame Blacka, como todas as do seu sexo, ambiciona alcançar os privilégios do marido, isto é, entrar em casa, espojar-se nos sofás, tapetes, parapeitos das janelas, escutar tranquilamente uma sinfonia enquanto o seu pequeno cérebro divaga à descoberta do seu passado selvagem tentando compreender a vida patrícia do presente.  
A matriarca em pose 

         - Excelente manhã de trabalho: 1.077 palavras acrescentadas ao Matricida, em três horas intensas de trabalho. Com manhãs assim, recupero o ânimo e a vida. Não quero forçar o cérebro para não ter de tomar Valdisper. Segui as instruções do técnico de piscinas e o resultado parece começar a reverter ao normal. Contudo, o consumo de electricidade deve ser já um bónus adicional para o funcionário da China, senhor António Mexia. Não pus o nariz lá fora antes das cinco da tarde. Depois, pelas seis, mergulhei, enfim, numa água cristalina e temperada. Chegámos aos 39 graus.