Domingo,
5.
Chou
Chou cometeu um grande erro ao demitir o primeiro-ministro. A cena de ciúmes
vai-lhe sair cara, dado que Édouard Philippe tem agora campo aberto para se
lançar à Presidência da República e a simpatia dos franceses.
- Há vários alertas que nos antecipam
o desastre dos milhões despachados para a TAP. A última é da presidente do
Conselho das Finanças Públicas, Nazaré Costa Cabral, que alertou para o impacto
de despesas com a TAP. Diz ela que “o empréstimo pode comprometer necessidades
nas áreas da saúde e da segurança social”, além de recear que os milhões
escasseiem depois para coisas fundamentais como hospitais e equipas médicas. Dir-me-ão
que o negócio é um acto político e eu responderei: “lá está – um gesto
político”. Vou dar a palavra mais uma vez a António Barreto: “A saga da TAP é
um bom exemplo da promiscuidade de interesses, da fraqueza negocial de Portugal
e da debilidade das instituições com a missão de fiscalizar e avaliar. Assim
como do pensamento dogmático em vigor, à esquerda como à direita, relativamente
aos grandes problemas nacionais.” Preparem-se para o que aí vem. Vamos entrar
de novo num período assustador e mais uma vez com os socialistas no poder. Não
quero dizer que é a eles que se deve a pandemia, não. Mas vai ser a eles que
teremos de pedir contas pela forma como gastaram os nossos dinheiros. E
acrescento: o próprio negócio da TAP feito por Passos Coelho, foi ruinoso e
inadmissível. Muita gente se aproveitou dele, enquanto os contribuintes e
Portugal não passam da triste e crónica miséria. É tão fácil governar com o
dinheiro dos outros! A mediocridade de políticos que temos tido, é responsável
pelos 2 milhões de pobres, pelo analfabetismo encoberto com uns quantos anos de
escolaridade para inglês ver, o pensamento baixo, a inveja e mesquinhez, a
pobreza dos espíritos e a dependência do futebol. Um país assim não tem
qualquer espécie de futuro.
- Madame Blacka, como todas as do seu
sexo, ambiciona alcançar os privilégios do marido, isto é, entrar em casa,
espojar-se nos sofás, tapetes, parapeitos das janelas, escutar tranquilamente
uma sinfonia enquanto o seu pequeno cérebro divaga à descoberta do seu passado
selvagem tentando compreender a vida patrícia do presente.
A matriarca em pose |
- Excelente manhã de trabalho: 1.077 palavras
acrescentadas ao Matricida, em três
horas intensas de trabalho. Com manhãs assim, recupero o ânimo e a vida. Não
quero forçar o cérebro para não ter de tomar Valdisper. Segui as instruções do
técnico de piscinas e o resultado parece começar a reverter ao normal. Contudo,
o consumo de electricidade deve ser já um bónus adicional para o funcionário da
China, senhor António Mexia. Não pus o nariz lá fora antes das cinco da tarde. Depois,
pelas seis, mergulhei, enfim, numa água cristalina e temperada. Chegámos aos 39
graus.