domingo, agosto 11, 2019

Domingo, 11.

Este Governo em que eu não acredito minimamente, vai ficar na história como o grande embuste. Quem o diz antes de mim, são as centenas e centenas de greves que se fizeram ao longo destes quatro anos em todos os sectores, em contraste flagrante com a propaganda que, essa sim, foi eficaz, ao apregoar um país que não confere com a realidade. Comecemos pelo início. Primeiro, Costa não ganhou eleições; segundo, pensava-se que um governo dito de esquerda tinha o condão de sossegar os sindicatos e a vida rotineira seguiria por mar bonançoso; terceiro, pouco tempo depois começou o ciclo de greves e manifestações que não há registo na nossa história colectiva em democracia. Se por um lado repuseram aquilo que o executivo de Passos Coelho foi obrigado a tirar devido à má gestão, aos roubos, as karambolagens da maioria socialista com José Sócrates à frente, montaram um sub-reptício esquema de impostos, taxas, tendo como resultado estarmos hoje à mercê do Estado até à raiz dos cabelos, sem, contudo, terem diminuído a pobreza, olhado para os reformados, construído um país mais equitativo. Atiraram para os bancos milhões e milhões de euros, ao jeito da direita, mas foram sovinas para com os mais desfavorecidos. Não investiram publicamente, abandonaram os hospitais, a educação, a saúde, foram perdulários a aumentar certos sectores sem se importarem com o equilíbrio do todo. Mentiram descaradamente, governaram-se ao nível da União Europeia, promoveram-se entregando-nos como isca das suas ambições. O socialismo que trazem na lapela é falso, arrogante, trapalhão, oportunista. Tal como a direita, foi a economia que os manietou, obcecou, dominou. Vivem a adorar o deus do dinheiro, da vaidade e da ignorância. Se alguma coisa fizeram, foi graças à honradez dos comunistas, embora estes tenham engolido muitos sapos. Mesmo assim, o embaraço destes perante a greve dos motoristas deve ter sido medonho, dado que o Partido só tarde reconheceu e validou a acção dos sindicatos em prosseguir com a greve. Pessoalmente, não vejo nada de importante que este naipe de governantes tenha feito. Chegaram sempre tarde aos desastres, fizeram-se sonsos nos momentos importantes, desviaram o olhar das trapalhadas como o caso das armas de Tancos, só foram eficientes na propaganda até ao derradeiro minuto como prova o inquérito fascista feito aos funcionários públicos e prontamente retirado da Net devido aos protestos de todo o lado. Costa é habilidoso, mas ao jeito de chico-esperto. Não é por acaso que na presente crise, teve logo o apoio do famigerado CDS e dos patrões. Agora, habilmente, aparece como o salvador da Pátria. Os portugueses para quem o carrinho é o único diploma de honra e saber, dignidade e respeito, agradecem-lhe a investida robusta pelo seu uso. Tudo isto seria cómico se não fosse ridículo, reles e pequenino. Um país que se constrói sobre estes valores, está condenado irremediavelmente ao fracasso.