Terça, 5.
A
escrita é também uma obsessão. Como o nosso cérebro é uma máquina construída
para trabalhar noite e dia, o meu cumpre na medida do “vício” que dele depende.
Outro dia, estando no café à espera que o João Corregedor chegasse, não tendo
comigo o caderninho que me acompanha para todo o lado, lido o Público, logo o reciclei
para lançar nele as ideias em cachão.
- No reino de liberdade que é o meu,
onde todos os seres vivos podem viver em harmonia, não se espantem de cruzar
cobras, sardaniscas, ratazanas, abelhas, formigas, sardões e... coelhos. Este
simpático exemplar posou para a fotografia com a serenidade que abandonou os
humanos.
- Acordei a noite passada pelas quatro
horas preocupado com o destino do casal Lúcia/Pimentel da Gaia. O capítulo é
suposto terminar com a sua sorte arrumada num crime. É essa cena que não está
resolvida na minha cabeça e me consome há largas semanas. Porque ela tem
ligação, apesar de tudo, com o capítulo seguinte que será o derradeiro.
- Greves, greves e mais greves.
Dir-se-ia que o país ensaia um novo 25 de Abril. Todos os sectores essenciais
estão em contestação com a política do Mágico. De súbito, os portugueses sentem
que foram enganados. Nem o optimismo doentio de Marcelo os salva.