quinta-feira, junho 07, 2018

Quinta, 7.
Os povos têm que se defender daqueles que os desprezam e os tomam por súbditos insignificantes. Ao que a política chegou, não há outra solução, embora os governantes com as costas quentes das policias, digam que nos devemos manifestar civilizada e democraticamente, enquanto eles com palavras doces e educadamente nos infligem as maiores atrocidades e mentem sem-pudor. Vai daí os palestinianos criaram uma nova arma que custa cerca de dois euros e dizima milhares de hectares de terras, casas e povoações israelitas: um balão com um grande rabo a que eles antes de levantar voo ateiam fogo. É um prodígio de imaginação. Estou de joelhos a louvá-los.

         - Passei duas horas a lavar o carro, enquanto a Piedade arranjava os quartos e dava uma arrumação no salão. Às tantas, cansado, disse-lhe: “Foi preciso receber o bispo vermelho (João Corregedor) para, enfim, ter o automóvel limpo. Forte gargalhada da Piedade que, para não destoar das suas origens, vota sempre PCP.

         - Eu devo ter sido dos poucos a topar desde o início a impostura da política do Mágico. No meu restrito circulo de amigos, todos diziam que eu sou um inconformista, digo mal de tudo e todos e assim. Agora são eles que me dão razão – demasiado tarde. A patetice está instalada, a cobrança não tarda.


         - Os editores, ante o valor intrínseco do que eu lhes envio, encontraram uma fórmula de recusar o meu trabalho: praticando a censura. Dizem “não está em causa a obra, é o tema que não se enquadra na nossa editora”. Como eu os compreendo! Recuso-me a fazer parte da mediania que por aí vai. Assim como não receio pela publicação das minhas coisas após a morte. Mas ceder ao que por aí vejo, não. Como costumo dizer, a escrita é demasiado sagrada para que eu a leve a leilão.