Quarta, 27.
A
atitude do governo italiano dito de direita, relativamente à dramática situação
dos migrantes, começa a resultar. Foi o alerta para a UE que sempre se esteve
nas tintas para os pobres abandonados ao seu destino. Muita pena, muitas
negociações, muitas lágrimas de crocodilo, mas um plano, um apoio, um gesto
caritativo, nada. Absolutamente nada. Agora que eles aportam a várias
fronteiras empurrados por este e aquele país, começa-se a construir qualquer
coisa que receba os infelizes. Portugal com António Costa vai receber uns
quantos, como já antes havia acolhido umas centenas. Mas o país mais generoso,
sem ajudas de ninguém, foi a Itália.
- Esta desorganização pôs em fuga
milhões de seres humanos e nas mais degradantes condições. Eles invadem
literalmente a Europa, mas também a África e os Estados Unidos. A atitude de
Trump é simplesmente desumana, selvagem e um atentado à dignidade e aos
direitos humanos. Outra frente é a do deserto para onde os argelinos, por
exemplo, os expulsam. Obedecem às ideias de Bruxelas que lhes pediu para
impedirem a sua entrada em qualquer dos países que formam essa organização
arrogante e sinistra chamada União Europeia. Os relatos que nos chegam do
martírio de africanos, muitos mortos de calor, fome e cansaço, largados em
pleno deserto, não pode deixar calado nenhum europeu herdeiro da dignidade
humana que Jesus Cristo trouxe à terra e a cada um de nós, qualquer que seja a cor
de pele e condição social.
- Leio no Público que a Assembleia da
República tem 19 deputados arguidos em vários processos de corrupção, abuso de
cargo: 9 são do PS e 10 do PSD. Nenhum nos restantes grupos parlamentares. Mas
bastava um para nos inquietar.
- Felicitei o professor José Carlos de
Miranda pelo seu Tertuliano. Vive, parece, em Braga e respondeu-me com um
e-mail que me encheu o coração. Fizeram-me bem as suas palavras, sobretudo
nesta altura em que me encontro down,
down.