quarta-feira, junho 27, 2018

Quarta, 27.
A atitude do governo italiano dito de direita, relativamente à dramática situação dos migrantes, começa a resultar. Foi o alerta para a UE que sempre se esteve nas tintas para os pobres abandonados ao seu destino. Muita pena, muitas negociações, muitas lágrimas de crocodilo, mas um plano, um apoio, um gesto caritativo, nada. Absolutamente nada. Agora que eles aportam a várias fronteiras empurrados por este e aquele país, começa-se a construir qualquer coisa que receba os infelizes. Portugal com António Costa vai receber uns quantos, como já antes havia acolhido umas centenas. Mas o país mais generoso, sem ajudas de ninguém, foi a Itália.

         - Esta desorganização pôs em fuga milhões de seres humanos e nas mais degradantes condições. Eles invadem literalmente a Europa, mas também a África e os Estados Unidos. A atitude de Trump é simplesmente desumana, selvagem e um atentado à dignidade e aos direitos humanos. Outra frente é a do deserto para onde os argelinos, por exemplo, os expulsam. Obedecem às ideias de Bruxelas que lhes pediu para impedirem a sua entrada em qualquer dos países que formam essa organização arrogante e sinistra chamada União Europeia. Os relatos que nos chegam do martírio de africanos, muitos mortos de calor, fome e cansaço, largados em pleno deserto, não pode deixar calado nenhum europeu herdeiro da dignidade humana que Jesus Cristo trouxe à terra e a cada um de nós, qualquer que seja a cor de pele e condição social.

         - Leio no Público que a Assembleia da República tem 19 deputados arguidos em vários processos de corrupção, abuso de cargo: 9 são do PS e 10 do PSD. Nenhum nos restantes grupos parlamentares. Mas bastava um para nos inquietar.


         - Felicitei o professor José Carlos de Miranda pelo seu Tertuliano. Vive, parece, em Braga e respondeu-me com um e-mail que me encheu o coração. Fizeram-me bem as suas palavras, sobretudo nesta altura em que me encontro down, down.