domingo, junho 24, 2018

Domingo, 24.
É pena que Vasco Pulido Valente tenha deixado de escrever as suas crónicas na imprensa. É das poucas vozes originais que o vulgo diz ser “sempre do contra” porque ele não deifica a classe política em realidade medíocre que temos e vive do diz-bem-de-mim-para-eu-dizer-melhor-de-ti. Ele é dos poucos intelectuais com obra crítica bem pensada e estruturada, que sistematicamente cruza realidades históricas e desenvolve um pensamento original face à História e às suas personagens. Estive a ler há instantes a entrevista que deu à Sábado. Respigo a propósito dessa criatura travestida de todas as bênçãos celestiais chamada Sócrates: “Veja o caso do PS que teve como secretário-geral e primeiro-ministro José Sócrates durante seis anos. Por amor de Deus, eu percebi quem era aquele senhor nos primeiros minutos... Não era preciso ser um génio. E aquele partido nem hoje é capaz de dizer: ´Este senhor fez muito mal a esta instituição´” Adianto eu agora: alguns seus ministros ou secretários de Estado, integram o executivo actual.


         - Apesar de pouco motivado, às sete da manhã estava a regar árvores, plantas, flores. Quem pensa que viver no campo é um convite ao lazer e à contemplação, tire daí o sentido. O campo escraviza mais que a cidade.