Domingo, 24.
É pena
que Vasco Pulido Valente tenha deixado de escrever as suas crónicas na imprensa.
É das poucas vozes originais que o vulgo diz ser “sempre do contra” porque ele
não deifica a classe política em realidade medíocre que temos e vive do
diz-bem-de-mim-para-eu-dizer-melhor-de-ti. Ele é dos poucos intelectuais com
obra crítica bem pensada e estruturada, que sistematicamente cruza realidades
históricas e desenvolve um pensamento original face à História e às suas personagens.
Estive a ler há instantes a entrevista que deu à Sábado. Respigo a propósito
dessa criatura travestida de todas as bênçãos celestiais chamada Sócrates: “Veja
o caso do PS que teve como secretário-geral e primeiro-ministro José Sócrates
durante seis anos. Por amor de Deus, eu percebi quem era aquele senhor nos
primeiros minutos... Não era preciso ser um génio. E aquele partido nem hoje é
capaz de dizer: ´Este senhor fez muito mal a esta instituição´” Adianto eu
agora: alguns seus ministros ou secretários de Estado, integram o executivo
actual.
- Apesar de pouco motivado, às sete da
manhã estava a regar árvores, plantas, flores. Quem pensa que viver no campo é
um convite ao lazer e à contemplação, tire daí o sentido. O campo escraviza
mais que a cidade.