segunda-feira, janeiro 22, 2018

Segunda, 22.
Um atentado contra o principal hotel da capital afegã, reivindicado pela Al-Qaeda, matou catorze estrangeiros que ali estavam hospedados e quatro dos atacantes. A polícia precisou de 14 horas para dar por concluída a operação. Esta organização, nasceu da invasão do Iraque no tempo do alcoólico de George Bush.

         - Há, todavia, um conflito que eu temo: a investida dos turcos sobre os curdos com a Síria pelo meio, e nas pontas a Rússia e os EUA. Aquilo, sim, é inquietante. Aliás o mundo está todo ele ameaçador. Todos gerem a futura guerra apoiados no temor do vizinho. De atalaia que um comece - os outros seguem-no em fila indiana.

         - O jornal Público dizia outro dia que quase dez mil milhões de euros voaram, entre 2011 e 2014, para paraísos fiscais. A Autoridade Tributária e Aduaneira, embora tenha sido alertada pelos bancos, fez tábua rasa. Uma pergunta inocente: quem foi o Primeiro-Ministro neste período?

         - A propósito (isto está tudo interligado) o Observador divulgou mais uns quantos dados sobre a bagunça. Diz ele que o ministro dos chifres, recebeu do GES 315 mil euros e o secretário de Estado do Governo Passos Coelho 54 mil, para não falar em Frasquinho o deputado do PSD, que também levou uma grossa maquia. Tudo e o que ainda se virá a descobrir, veio do chamado “saco azul” do GES gerido por Ricardo Espírito Santo que continua, naturalmente, em liberdade. Decididamente, a democracia só engrandeceu este tipo de gentinha.

         - O Papa terminou a sua visita à América Latina no Peru. Corajoso, atacou a corrupção, chamando os bois pelos nomes. Disse que a corrupção “adoece” a política, falou de “sobras humanas” referindo-se às periferias das grandes cidades onde vive a pobreza, e reafirmou que a corrupção empobrece ainda mais os pobres.  

         - Robert mandou-me esta foto tirada na Bretanha em Novembro do ano passado. Lembro-me. Foi num dia frio, depois de um excelente almoço num restaurante da Praça Hoche, fomos numa passeata à beira-mar (a Annie ficou no carro), sob vento forte, seguindo o carreiro entre arborização bravia.  Os franceses chamam a esta zona, a Costa Selvagem.




         - O sono é um momento morto onde nada se passa, mas onde tudo se reequilibra.