sexta-feira, janeiro 27, 2017

Sexta, 27.
Trump prega todos os dias um susto ao pagode de esquerda. A personagem é repulsiva, mas está a abanar a Europa arrogante que andava adormecida e a falar para dentro, isto é, para os oportunistas da União Europeia. Só por isso já valeu a pena tê-lo no lugar onde os americanos pelo voto o colocaram.

         - Não percebo como podem os patrões não só aceitar como contentar-se com a mexida no Pagamento Especial por Conta. É uma das maiores violências e arrogâncias do quadro fiscal das sociedades que atinge todas as empresas, e sobretudo para as PMEs. Suponho que foi uma invenção dos socialistas há muitos anos.  

         - O rei da Ítaca francesa e sua esposa Penélope, armados em grandes defensores da moral e dos bons costumes, foram apanhados pelo jornal Canard Enchaînê a chafurdar no tacho público. Ulisses construiu uma imagem de homem honesto e íntegro e com ela propôs-se governar a França; a esposa querida preferiu a sombra ou melhor cumprir a máxima burguesa cínica segundo a qual “atrás de um grande homem está sempre uma grande mulher”. Ele diz que a contratou para sua  attaché de presse pagando-lhe, perdão, pagava o Parlamento francês ou seja os franceses, qualquer coisa como 7 mil euros por mês. A Justiça já está a investigar mais um caso de sofreguidão doentia pelo dinheiro. Marine Le Pen subiu mais um degrau do Eliseu.


         - Um só mês do ordenado do novo presidente da CGD chegava para tapar os buracos da escola secundária Alexandre Herculano, no Porto. Mas Portugal é governado por um mágico que de vez em quando deixa a descoberto os truques e assim não consegue enganar cabalmente os ingénuos. Somos tão saloios, valha-nos Deus! Somos os maiores, temos a maior árvore de Natal, os melhores cientistas, o maior jogador do mundo, gabamo-nos por irmos ficar em 2016 nos 2,3 % do défice, somos grandes em tudo, menos a tapar os buracos por onde a chuva e o frio entram nas nossas escolas, obrigando os alunos a abrir os guarda-chuvas nas salas de aula, a cobrirem-se com cobertores que levam de casa! Que miséria! Tantos governos, tantos partidos, numa alternância macabra e tudo fica igual ao que sempre existiu.