Segunda, 16.
Bato-me
há algum tempo por descobrir a entrada para a minha história. O curioso como já
aqui disse, é que tenho na cabeça escrita a segunda parte do romance. Falta-me
a primeira que permanece inacessível, remetida para os alçapões do
subconsciente. Então, esta manhã, decidi avançar às cegas, arrombei portões e
entrei por sótãos e corredores, caves e recônditos recantos, em busca das
personagens que travestidas jogam às escondidas com o seu criador. À parte as
sombras nada mais enxerguei. Talvez o matricida tenha receio de expor o seu delito.
Se assim for, renuncio a contar o seu crime.
- A política é um nojo. A incrível
facilidade como os políticos dão a volta ao texto, negando o que antes consideravam
uma evidência. É o caso da TSU. Passos Coelho apresentou-a como indispensável
ao equilíbrio entre patronato e trabalhadores, a esquerda e o PS recusou-a por
atentado a quem trabalha. Agora os socialistas querem implementá-la, o PSD
recusa. Só o PCP se for coerente até ao fim, merece respeito. Os portugueses continuam
a ser o joguete que diverte esta gente.