sexta-feira, janeiro 13, 2017

Sexta, 13.
Os socialistas e os outros, no seu delírio de representação da morte como espectáculo televisivo, afastaram a triste notícia do falecimento de Daniel Serrão. O professor e investigador, esteve na vanguarda da bioética enquanto doutrina humanista tendo por centro Jesus Cristo. Autor de inúmeros livros, Serrão costumava dizer que a bioética era a compassiva utopia do século XXI. Homem íntegro, senhor de grande cultura, afável e simples, sempre com um largo sorriso de uma humanidade enternecedora, viveu aceitando a morte como um trajecto que culmina para a abertura de uma outra vida, cumprida esta viagem enquanto seres que somos. Repousa em paz, tu que tens a bem-aventurança de conhecer a Deus face a face.


         - Não há nada do ponto de vista financeiro que não me aconteça. Ontem andei toda a manhã a assistir o canalizador em busca da ruptura que os homens da Câmara detectaram na véspera quando aí vieram contar a água. A coisa era tão grave que eles me propuseram apresentasse a factura do arranjo de modo a fazerem uma redução. Bom. O Sr. Acácio, a dada altura, já me propunha pôr novos canos da casa ao fundo do portão, por um custo assustador. Eu insisti que havia a meio do percurso muita erva verde e que procurasse aí a passagem da água. Tiro e queda. Sob as grossas raízes dos cedros, encontrámos o cano roto. Ufa! Paguei o arranjo, resta a factura da água que deverá chegar na próxima semana. Logo de seguida, hoje, entrou o técnico da parabólica. Os canais franceses, devido a ganância que reina livremente no nosso país e nenhum governo tem força para suster, mudaram de satélite. Conclusão: houve que subir ao telhado e reorientar a antena. Custo 70 euros. Depois a botija do gás, acabou. Veio uma esta tarde e desembolsei mais 90 euros. Para não falar do pagamento aos chineses que rondou os 100 euros. Se falo destas trivialidades caseiras, é porque ponho em causa a ginástica mensal para chegar a tudo num país a começar pelo Estado e a terminar no simples operário, onde todos se agrupam para destruir a ideia da gestão pessoal equilibrada tornada uma fantasia moralista completamente ultrapassada.