Sexta, 6.
Que
estamos a criar uma geração de energúmenos parece que ninguém tem dúvidas.
Talvez só certos psicólogos como aquele que Rodrigo Guedes de Carvalho teve que
enfrentar ontem no jornal das oito na SIC. O jornalista que é dos poucos que
possui ideias próprias, bem tentava trazer o “psicólogo” para a realidade
factual, no caso um vídeo que anda a correr na internet e mostra um jovem de
quinze anos a ser barbaramente agredido por outros da mesma idade. A cena é de
tal modo violenta, que nos revolta. Os animais foram identificados, mas até ao
momento ninguém lhes tocou. Estão tranquilamente em casa, enquanto o colega com
traumatismos cranianos, continua internado no hospital. Primeiro, têm os
psicólogos de definir se aquilo foi um eventual acesso de loucura ou se vem de
trás da conjuntura familiar, da sociedade, ou do raio que os parta a todos.
- Tempos modernos. A nova reflexão
social é esta: como lidar com o novo tipo de escravatura. As novas tecnologias
amarraram o homem definitivamente às máquinas. Um bom e eficiente funcionário,
deve estar disponível 48 sobre 48 horas, fins-de-semana incluídos, compreendendo
a diferença de fusos horários. Nalguns países como a França, o Governo teve que
legislar para defender o tempo de descanso dos trabalhadores. Por cá só agora
se começa a abordar o assunto, quero dizer “o direito a desligar”, para falar
como eles falam.
- Estou a escrever um artigo para a
revista Triplov de Maria Estela
Guedes, sobre o livro que a Imprensa Nacional dedica ao pintor Guilherme
Parente. Hoje fui ao seu encontro na Brasileira e recebi do fotógrafo-jornalista
Antunes Amor as fotografias do nosso almoço natalício. O que posso concluir é
que está tudo com os copos. Salva-se esta em que estou com o ilustre artista de
quem me ocupo hoje.