segunda-feira, janeiro 02, 2017

Segunda, 2.
O atentado da passagem de ano em Istambul, foi obra do Daesh. Um só homem ao seu serviço, liquidou duas dezenas de pessoas e feriu quase meia centena. Conseguiu fugir e tem a polícia no seu encalço até ao momento sem resultados. Como é que os barbudos, apesar dos ataques de todo o lado, conseguem ainda mobilizar quem em seu nome faça aquilo que eles desejariam fazer. Mistério.


         - Falámos quando cheguei, Guilherme eu ao telefone. Logo nos pusemos de acordo para um almoço hoje com encontro na Brasileira. Mas o pintor ficou retido na Fundação Champalimaud e João também não apareceu. Nem por isso faltaram companheiros. Recusei ir aos restaurantes do costume por demasiado barulhentos e disse-lhes que viessem eles almoçar comigo à Adega da Mó. Aceitaram. Durante três horas discussões, risada, por vezes pequenas zangas, atraíram as atenções dos comensais, mas não retiraram o riso ao Sr. António, o proprietário, e ao Sr. João o servente. Gordilho e Virgílio chegaram com uma história de arte na forma de lista telefónica, onde os seus nomes vinham sinalizados. Era visível o contentamento do primeiro e a total indiferença do segundo. Eu dei o meu parecer depois de ler o que se dizia sobre eles e adiantei uma apreciação ao volume. Logo Gordilho: “Eu nunca te vi elogiar um texto, um quadro, um artigo de jornal. Tu encontras sempre erros ortográficos, falhas disto e daquilo, nunca estás satisfeito com nada. - Isso não é verdade – repliquei. Gosto, por exemplo, do teu trabalho.” Riso geral.