Terça, 21.
Os políticos que são a quem interessa a
UE dado que nunca ousaram perguntar aos povos que pastoreiam se queriam fazer
parte de semelhante inferno, inventam alçapões e diabos para convencer os que
na Grã-Bretanha descreem de Bruxelas, que o país vai desaparecer do mapa, a fome
vai inundar os seus lares, a morte e a peste que andam associadas varrerão as ruas de Londres, as
grandes multinacionais, a City e os barões da indústria, irão zarpar com sacos
a abarrotar de euros prontamente traduzidos em dólares vencidas as águas do
Tamisa. Tretas, embustes, ordinarices de economistas a soldo dos seus donos. Primeiro,
o país de sua Majestade, vai ter pelo menos dois anos para organizar a saída;
depois, em meu entender, os negócios retomarão a sua marcha habitual no dia
seguinte ao Brexit, pela simples razão de que a política não pode viver sem
eles. O capital não tem dono nem conhece fronteiras. Mesmo durante as duas
grandes guerras que arrasaram a Europa, como se sabe, ele prosseguiu a sua
marcha e até enriqueceu muita gente.
- O alto comissário das Nações Unidas lançou este número arrepiante:
65,3 milhões de seres humanos conhecem o êxodo, constituindo-se contra sua
vontade em refugiados ou deslocados.
- Programa desta madrugada: limpeza das duas palmeiras que restam, feito
com imenso cuidado e mesmo assim com duas picadas; regas como trabalho
quotidiano desde que o calor se instalou. Ontem, escaldeirei duas pereiras e
duas figueiras e estrumei.