sábado, junho 04, 2016

Sábado, 4.
Que ridícula a manifestação de adeus a Paulo Portas do Parlamento! Por quê a Portas e não às centenas de outros deputados que deixaram a Assembleia? Que se prepara, que se esconde atrás de gestos pelintras de uma incompreensão risível? 

         - As últimas sondagens dão muita força ao Brexit. Tenhamos esperança. Se a Grã-Bretanha abandonar a UE onde, de resto, sempre esteve de saída, outros países seguir-lhe-ão o caminho. Talvez a Grécia, a França e as nações da antiga União Soviética. Portugal talvez só chutado para fora. São muitos os interesses económicos e políticos dos nossos governantes em se manterem sob a ditadura de Bruxelas. Noutro sentido, é-lhes mais cómodo e fácil terem quem decida e governe por eles.


         - Ontem voltei para casa já noite. Fui a Lisboa para assistir ao espectáculo do saxofonista Carlos Martins que o Chaves montou. Antes subi e desci a Feira do Livro, entrada por saída, apenas para comprar o segundo volume dos Diálogos em Túsculo de Marco Túlio Cícero na tradução e apresentação de José António Segurado e Campos. No Chiado deparei-me com os Deolinda que actuavam em frente ao centro comercial. Fiquei uns minutos e fugi espavorido não tanto pela qualidade da música, mas pela poluição sonora. Pouca gente na feira, aquele que deveria ser o meu editor, com dois stands gigantes, não tinha vivalma. Assim como todos os outros àquela hora (18,30) com mais curiosos que compradores. A vida não está fácil para ninguém.