Sábado, 4.
Que ridícula a manifestação de adeus a
Paulo Portas do Parlamento! Por quê a Portas e não às centenas de outros
deputados que deixaram a Assembleia? Que se prepara, que se esconde atrás de
gestos pelintras de uma incompreensão risível?
- As últimas sondagens dão muita força ao Brexit. Tenhamos esperança. Se a Grã-Bretanha abandonar a UE onde,
de resto, sempre esteve de saída, outros países seguir-lhe-ão o caminho. Talvez
a Grécia, a França e as nações da antiga União Soviética. Portugal talvez só
chutado para fora. São muitos os interesses económicos e políticos dos nossos
governantes em se manterem sob a ditadura de Bruxelas. Noutro sentido, é-lhes
mais cómodo e fácil terem quem decida e governe por eles.
- Ontem voltei para casa já noite. Fui a Lisboa para assistir ao
espectáculo do saxofonista Carlos Martins que o Chaves montou. Antes subi e
desci a Feira do Livro, entrada por saída, apenas para comprar o segundo volume
dos Diálogos em Túsculo de Marco Túlio
Cícero na tradução e apresentação de José António Segurado e Campos. No Chiado
deparei-me com os Deolinda que actuavam em frente ao centro comercial. Fiquei
uns minutos e fugi espavorido não tanto pela qualidade da música, mas pela poluição
sonora. Pouca gente na feira, aquele que deveria ser o meu editor, com dois stands
gigantes, não tinha vivalma. Assim como todos os outros àquela hora (18,30) com
mais curiosos que compradores. A vida não está fácil para ninguém.