Quinta, 9.
A França que espera o acontecimento maior
do futebol, está em estado de sítio. Greves por todo o lado, chuvas diluvianas,
vilas e cidades transformadas em pântanos, lixo acumulado em Paris e na
província onde a água estragou os haveres de centenas de lares, ameaça de
terrorismo pela Daesh. Como corolário, um presidente fraco, um governo odiado.
O Robert costuma dizer, tudo o que de pior acontece aos franceses é quando os
socialistas estão no poder.
- Novo atentado na Turquia de que resultaram três mortos e pelos menos
trinta feridos. Na véspera tinha havido outra explosão junto a um quartel, esta
perto de um posto da Polícia. Ambos os atentados foram atribuídos ao PKK e o
alvo parecem ser as forças policiais. Enfim, o marasmo de um mundo que se
alimenta do sangue dos seus mártires.
- O
dia acordou prazenteiro, com uma ligeira aragem a amenizar a explosão de calor.
Por isso, manhã cedo, pus mão à obra e desdobrei-me em trabalhos exteriores:
rocei erva, escaldeirei duas figueiras, reguei, apanhei um cabaz de pêssegos
(vou repetir-me) que são os melhores do mundo. As hortênsias estão já
resplandecentes, adornam com o seu perfume e cor a entrada da casa, os frutos
desabrocham, num frenesim de vida que só a natureza pode oferecer.