Sexta, 10.
O governo socialista que adora a riqueza,
trilhou os mesmos caminhos do PSD e tratou de aumentar substancialmente os
salários dos gestores da CGD nivelando-os pela concorrência uns míseros 40 mil
euros/mês. A Caixa, como se sabe, está de rastos e somos nós que temos de lá pôr
o dinheiro necessário com os impostos que pagamos cada vez mais com a língua de
fora. Para estes tipos, ganhar milhares é uma insignificância que as suas
inteligências e saber prodigioso não acham suficientes. O que os deslumbra e os
alcandora a plataformas de vida extra-mundos, são os milhões. Veja-se o caso
daquele a quem cresceram os chifres no Parlamento. Porque trocou o emprego
bancário para abraçar uma pasta governamental no tempo do
ex-primeiro-ministro-engenheiro-escritor-filósofo-palrador televisivo o
socialista José Sócrates, exige agora indemnizações de milhões, suponho que 2
milhões. A democracia tudo permite, a república tudo aceita. Este insuportável
logro, não pode durar porque subterraneamente vai construindo os alicerces que
destruirão um e outro sistema. O estado em que mundo se encontra é disso
prenúncio.
- A sarna não nos larga. Este insignificante país corre atrás de uns
quantos dirigentes desportivos que o manipulam ajudados por uma informação
provinciana, lorpa e obediente. Ontem vi o jornal da France 2 e o tempo que
eles consagraram ao Euro que, portanto, tem lugar no seu território, foi de uns
três minutos e sempre a propósito das greves e inundações que estão por todo o
lado. Entre nós foi um chorrilho de imagens, declarações salmodiadas,
entusiasmos diarreicos, a abrir telejornais e a estenderem-se por larguíssimos
tempos de antena. O problema é que sabemos de antemão como Portugal vai acabar.
A seguir à pesporrência, vem a desilusão e a derrota. É tiro e queda.
- O PSD/CDS que dizem amar loucamente o país, não votaram a revolta das
sanções que os ditadores do Euro-grupo e de Bruxelas nos querem decretar. São
as manobras habituais dos partidos. A esta gente o que lhes interessa é o poder
pelo poder. Tudo o resto, quero dizer, as pessoas são excrescências a eliminar.
- Outro dia recebi um telefonema de uma senhora que me queria vender um seguro
de saúde. Começou ela por invocar o nome de uma criatura de nome Cristina
qualquer coisa que não entendi. Seguiu-se este curioso diálogo:
- “Então o senhor não conhece a Cristina da TVI?
- Não, não conheço. Não tenho o hábito de ver esse canal.
- Parece impossível!
– responde ela visivelmente incomodada. – É uma pessoa muito conhecida.
- Mas que tem ela a ver com o seguro que me propõe?
A sequência foi uma embrulhada
que eu não compreendi e rematei para me desfazer da importuna Cristina:
- Eu não tenho nada a ver com essa Cristina. Não a conheço, não estou
interessado em nenhum seguro de vida porque sou
saudável.”
Quando a Piedade entrou, sabendo que
ela só vê a antiga televisão da Igreja, perguntei-lhe quem é a ilustre sujeita.
Prontamente, ela: - “Então não conhece a Cristina Ferreira?! Parece impossível!”
Definitivamente, Helder, és um ignorantão.