sexta-feira, junho 10, 2016

Sexta, 10.
O governo socialista que adora a riqueza, trilhou os mesmos caminhos do PSD e tratou de aumentar substancialmente os salários dos gestores da CGD nivelando-os pela concorrência uns míseros 40 mil euros/mês. A Caixa, como se sabe, está de rastos e somos nós que temos de lá pôr o dinheiro necessário com os impostos que pagamos cada vez mais com a língua de fora. Para estes tipos, ganhar milhares é uma insignificância que as suas inteligências e saber prodigioso não acham suficientes. O que os deslumbra e os alcandora a plataformas de vida extra-mundos, são os milhões. Veja-se o caso daquele a quem cresceram os chifres no Parlamento. Porque trocou o emprego bancário para abraçar uma pasta governamental no tempo do ex-primeiro-ministro-engenheiro-escritor-filósofo-palrador televisivo o socialista José Sócrates, exige agora indemnizações de milhões, suponho que 2 milhões. A democracia tudo permite, a república tudo aceita. Este insuportável logro, não pode durar porque subterraneamente vai construindo os alicerces que destruirão um e outro sistema. O estado em que mundo se encontra é disso prenúncio.

         - A sarna não nos larga. Este insignificante país corre atrás de uns quantos dirigentes desportivos que o manipulam ajudados por uma informação provinciana, lorpa e obediente. Ontem vi o jornal da France 2 e o tempo que eles consagraram ao Euro que, portanto, tem lugar no seu território, foi de uns três minutos e sempre a propósito das greves e inundações que estão por todo o lado. Entre nós foi um chorrilho de imagens, declarações salmodiadas, entusiasmos diarreicos, a abrir telejornais e a estenderem-se por larguíssimos tempos de antena. O problema é que sabemos de antemão como Portugal vai acabar. A seguir à pesporrência, vem a desilusão e a derrota. É tiro e queda.

         - O PSD/CDS que dizem amar loucamente o país, não votaram a revolta das sanções que os ditadores do Euro-grupo e de Bruxelas nos querem decretar. São as manobras habituais dos partidos. A esta gente o que lhes interessa é o poder pelo poder. Tudo o resto, quero dizer, as pessoas são excrescências a eliminar.

         - Outro dia recebi um telefonema de uma senhora que me queria vender um seguro de saúde. Começou ela por invocar o nome de uma criatura de nome Cristina qualquer coisa que não entendi. Seguiu-se este curioso diálogo:
         
         - “Então o senhor não conhece a Cristina da TVI? 
         - Não, não conheço. Não tenho o hábito de ver esse canal.
         - Parece impossível! – responde ela visivelmente incomodada. – É uma pessoa muito conhecida.          
          - Mas que tem ela a ver com o seguro que me propõe?
            A sequência foi uma embrulhada que eu não compreendi e rematei para me desfazer da importuna Cristina:
          - Eu não tenho nada a ver com essa Cristina. Não a conheço, não estou interessado em nenhum seguro de vida porque sou saudável.”


          Quando a Piedade entrou, sabendo que ela só vê a antiga televisão da Igreja, perguntei-lhe quem é a ilustre sujeita. Prontamente, ela: - “Então não conhece a Cristina Ferreira?! Parece impossível!” Definitivamente, Helder, és um ignorantão.