segunda-feira, março 07, 2016

Segunda, 7.
O Presidente de associação de bioética, Dr. Pereira Coelho, veio juntar-se à bastonária dos enfermeiros afirmando que a eutanásia é comum acontecer nos hospitais públicos. Referia-se aos públicos porque os privados, enquanto o seguro tiver sustância, é mamar até dar. Depois, seca a teta, atiram com o paciente para os do SNS onde a morte o espera. Eu continuo aguardar que o ministro da Saúde informe os portugueses do que verdadeiramente tem acontecido e espero que não aconteça com este caso o que aconteceu com os médicos assassinos que deixaram morrer quatro clientes no hospital de S. José porque os fins-de-semana são sacrossantos e sobre os quais se abateu um silêncio que não quero acreditar ser cúmplice.


         - Fiz uma hora para lá, outra para cá porque quis conhecer a engenhoca de um casal de pequenos agricultores a quem compro semanalmente os produtos hortícolas para evitar as pragas e os produtos químicos que as combatem e nos desgraçam a saúde. A sua quinta com um hectare e meio, fica em Fernando Pó e é um espaço cultivado como os monges faziam na Idade Média. Não sendo novos, admiro a coragem da mulher que, só, vai dando forma ao terreno onde junta um jardim com plantas algumas das quais não conhecia. Quanto ao sistema que impede os parasitas, pelo que percebi e vi, assenta numa placa azul que me pareceu de plástico, espetada com um pau na terra, banhada por uma cola com cheiro que atrai as pragas. De facto, vi-as às centenas grudadas à chapa e acumuladas no sopé da mesma formando uma espécie de alvéolo negro. O casal que foi emigrado na Suíça, dispõe uma chapa por cada dez metros quadrados. A quinta está muito bem cuidada e à sua maneira é um espaço bonito onde apetece passear por entre os canteiros aromáticos. Ali não existe um metro quadrado que não esteja cultivado. Desde que os conheço, há dois ou três anos, que não como nada que não venha deles.