Quarta, 23.
Não foi em vão que o centro da Europa
cristã foi atacada em plena Semana Santa. Disso estou absolutamente seguro. Há,
de facto, uma estratégia bem urdida para atacar os valores milenários de uma
Europa que subsiste íntegra em torno de um Deus uno e indivisível. A VII Estação da Via-Sacra celebrada pelos católicos, aconteceu em Bruxelas onde
muitos morreram não ao peso da cruz da vida difícil de levar devido aos
sacríficos impostos pela UE, mas pela pertença a uma nação cristã, cujos
valores morais e sociais através de dois mil anos se aproximam da tolerância,
da liberdade e da solidariedade. Os ataques bárbaros de ontem no aeroporto de
Bruxelas e no metro contra inocentes e indefesos, onde perderam a vida mais de
30 pessoas e pelo menos 200 ficaram feridas, mais não são que explosões de ódio
contra uma sociedade que convive com todos os dogmas religiosos e faz deles a
riqueza do seu viver. Que uma vez por todas, os senhores de Bruxelas que só
vêem números, percebam que foi para fugir de idênticos horrores, de morrerem às
mãos de assassinos covardes e selvagens, que milhões chegam no limite da vida à
sua porta. Mesmo correndo o risco de no meio de tantos aflitos haver algumas
centenas de terroristas a soldo do califa Abou Bakr el-Baghdadi, mesmo assim é
nosso dever acolher aqueles que o desespero impeliu a pedir-nos ajuda.