Segunda, 28.
Este ano não tivemos a transmissão
daqueles momentos profundos e belos que são a Via-Sacra de Roma. As televisões
tinham coisas mais importantes a oferecer aos espectadores que, de resto, não
têm voto na matéria engolindo tudo o que se lhes dá: futebol, royalty shows,
telenovelas. É o modo português de fazer televisão: mediocrezinho, familiarzinho,
saloinho, pobrezinho.
- O reino da rainha Zenóbia foi recapturado aos animais da Daesch. O que
encontraram os soldados de Assad ajudados pelos russos, foi a destruição de uma
boa parte que atraía milhares de turistas a Palmira. O meu pensamento vai para
o príncipe da cultura que foi Khaled al-Assad ali decepado pelos selvagens
jihadistas quando tomaram as ruínas que ele tanto amou e pelas quais acabou por
dar a vida. Parece que é possível reconstruir uma parte do que foi danificado
com a ajuda da UNESCO que já manifestou ensejo – eis uma boa notícia a
catapultar a esperança.
- Estas mesmas alimárias não olham aos meios para atingir os fins.
Desta vez, não tiveram pejo em utilizar uma criança bombista num atentado a sul
de Bagdad, quando um torneio de futebol começava. Morreram 32 pessoas e 84
foram feridas, a maioria crianças e jovens jogadores da equipa vencedora ao preparar-se para receber os troféus. Que sentirá com tudo isto no seu rancho do
Texas o alcoólico Bush? E Já agora Blair, Berlusconi, Aznar e o nosso anafado
Durão Barroso todos cúmplices do drogado.
- No interior sou meditabundo, no exterior estarola.