sexta-feira, janeiro 29, 2016

Sexta, 29.
Portugal, como sabemos, é um país sui generis. Dá para compreender o que se passa no mundo laboral ligado à CGTP, isto é, ao PCP unido no governo ao PS, que prossegue greves e manifestações como se Passos Coelho e sus muchachos ainda habitassem S. Bento! Calendário das greves de hoje: função pública na saúde e noutros sectores pelas 35 horas de trabalho semanal, os professores ameaçam também, além de que todo o mundo barafusta contra isto e contra aquilo como se estivéssemos no centro da governação PSD/CDS. Ou será que estamos, embora com outra sigla.

         - No rigolo suplemento do Público, este título: “Cavaco só concorda com casamento entre homossexuais do sexo diferente.” Eu prefaciando-o diria: Cavaco só admite homossexuais heterossexuais.


         - Ontem fui conhecer o espaço que a Conceição e o Simão estão em vias de abrir na Rua dos Fanqueiros. O prédio é pombalino e possui estuques decorativos com graça e bom gosto. O problema é o hostel (novo nome para as antigas pensões ou quartinhos à hora) a praga que fica no segundo andar e a ele temos acesso – como ao primeiro andar – por umas escadas íngremes de estarrecer. Não se percebe como podem os hóspedes escalar, degrau a degrau, aquela montanha escarpada, onde a todo o momento podemos precipitarmo-nos por ali abaixo e esborracharmo-nos na entrada de pedra. A rua é deslavada, corrida por automóveis malucos, cheia do negócio garimpeiro de chineses e paquistaneses, onde ninguém pode passear sem ficar exposto a todos os perigos. Espero que a pintura da Conceição e os livros do Simão sejam suficientemente fascinantes para lá levar os amantes das artes. Agora que passámos bons momentos de riso até às lágrimas, e em consequência a produção de betaendorfinas foi tanta que nos curou de todos os males, isso ninguém duvide.