segunda-feira, janeiro 25, 2016

Segunda, 25.
O espectáculo terminou e o pano desceu. Vamos ter o comentador Presidente da República, no PS vai haver escaramuça porque o apoio dado a Nóvoa pelos barões do partido em desprimor de Maria de Belém foi uma aberração, um tipo que andou a ser desafiado para se despir num programa de televisão pela marrequinha e não passa de um saloio esperto, teve mais votos que os “independentes” que aproveitaram as eleições para se promoverem, mas quem verdadeiramente ganhou a partida foi uma vez mais as abstenções com para cima de 50 por cento. Mas disto, chiu!

         - Uma grande tempestade de neve assolou os Estados Unidos nestes últimos dias paralisando Nova Iorque, retendo milhares em casa, sem transportes, a vida suspensa de um manto espesso de um metro impedindo o normal quotidiano americano. Os mais afoitos, esquiavam no Central Parque, as crianças divertiam-se à porta dos imóveis. Contudo, ao todo houve 30 mortos. Ainda há quinze dias, a população exibia-se em mangas de camisa ao sol, feliz com o clima “nunca visto”, atirando ao chão os cientistas da desgraça que ganham com as contradições da ciência sobre o aquecimento terrestre. A Natureza, soberana, impõe-se e derruba todas as fantasias.

         - Encontrei outro dia o homem que este Verão me obsequiou com uma quantidade de lenha que ia queimar e eu recuperei in extremis. Na troca de palavras, aconteceu o inesperado: ele ofereceu-me mais uma carrada e foi ao ponto de disponibilizar-se para ma trazer a casa. O que aconteceu sexta-feira. Chegou com a carrinha atulhada de madeirame de todos os formatos e qualidades. Pensando que eu não tinha com que a cobrir, trouxe também um grande plástico. Em dois dias carreguei para debaixo do telheiro umas arrobas de lenha seca e capaz de me evitar adquirir no próximo ano a tonelada habitual que alimenta as três lareiras cá de casa e com isso poupar duzentos euros. Tanta generosidade deixa-me sem jeito, para falar o brasileiro das telenovelas.


         - Por esta altura, alguém anda a ler O Rés-do-Chão de Madame Juju. Ontem deitei uma olhada ao original e logo esbarrei com duas gralhas. Que tristeza! Ninguém imagina como me incomoda ver estas manchas negras num livro! Sinto-me impotente para as remover, pelo simples motivo – estou demasiado envolvido com a história. Só um revisor o poderá fazer. Não é fácil para mim, não obstante as muitas revisões que fiz, ter controlo absoluto sobre quase 500 páginas e 873.627 caracteres. Agora que fico destruído, fico.