quarta-feira, janeiro 20, 2016

Quarta, 20.
Não se fala tanto deles, mas eles não deixaram de fugir dos horrores da guerra e da fome. São os migrantes do frio polar que se fazem ao caminho com temperaturas muitos graus abaixo de zero. Ninguém os quer e a civilizada Noruega recambia-os à procedência por indesejáveis.


         - A matéria do dia é a escandalosa persistência dos senhores deputados cobiçosos que não cessam de perseguir o dinheiro dos contribuintes. À cabeça os do PS (21) e depois, em menor número, os do PSD (9). Juntos conseguiram anular o louvável trabalho de Passos Coelho, com a contribuição do Tribunal Constitucional que deu mão larga ao Governo actual para repor as mordomias financeiras que o anterior havia suprimido. A saber: subvenções vitalícias para deputados e ministros e toda essa casta de aproveitadores políticos que se propuseram a si próprios valores exorbitantes ao fim de apenas 12 anos de trabalho! À cabeça Maria de Belém, a candidata à presidência do país. Ela vai dizer como disse quando lhe perguntaram se achava bem receber da administração do Hospital da Luz e ao mesmo tempo deputada implicada em leis para o sector. A senhora respondeu como Monsieur de la Palice: “ Não fiz nada contra a lei.” Como é que uma mulher equilibrada, suja-se por tão pouco! Um pormenor de somenos importância: quem fez a lei que lhe permite trabalhar, a ela e a tantos outros, sem constrangimentos morais e éticos e auferir os salários correspondentes em cargos incompatíveis? Conclusão: a senhorita, caso não seja eleita Presidente da República, poderá usufruir da remuneração. Mais: como o TC decretou a reposição criada pelos senhores deputados nos idos e desbragados anos Oitenta, todos os que se encontrem abrangidos pela correcta lei do anterior primeiro-ministro, vão receber com retroactivos. Para os satisfazer nós vamos ter que pagar 10 milhões de euros! Nada mau! Somos ricos, mas para os trabalhadores, reformados, o TC não se lembrou das muitas inconstitucionalidades brutalmente feitas contra toda a população.  Eu sei porquê – há a aristocracia e o povo. A República com a sua pseudo igualdade, não passa de uma mentira.