sexta-feira, janeiro 15, 2016

Sexta, 15.
A banalização da morte passeia como as sombras à medida que o dia avança. Dizem e repetem que o chamado Estado Islâmico pela firmeza de uns quantos países com tecnologias de guerra desenvolvidas, entrou em decomposição. Mas, afinal, o que se observa é a sua manápula assassina a crescer por todo o lado. Desta vez, num país muçulmano como a Indonésia, onde um atentado no centro moderno e europeu de Jacarta, fez sete mortos e uma dúzia de feridos. De que serve uma concertação militar, se não existe um entendimento político?

         - Anda tudo tresloucado, até a Natureza. As laranjeiras estão em flor neste mês de Janeiro! Do nunca visto.


         - Tenho de me amarrar à escrita. Este período de pousio decerto bom para a mente e sistema nervoso, está a criar muita volubilidade no centro nevrálgico que sustenta o todo. Há cerca de quatro meses que não trabalho e, portanto, encontro-me solto para aquilo que não desejo: aridez, expansão de pensamentos homocêntricos, flutuação de temperamento, angústias, enfim, o quadro típico que pressagia depressões profundas e tempestades psíquicas. Nestas alturas, costumo interrogar-me: quem és? Ou: por que sou quem sou? E tudo se desmorona e o mundo caie-me em cima reduzindo-me ao espesso silêncio onde a inquietação se fragmenta.