quinta-feira, outubro 06, 2022

Quinta, 6.

Não morro da doença, morro da cura. Dá-se o caso de amanhã ir fazer os implantes do rés-do-chão (o primeiro andar foram realizados a meio deste ano) e, para que tudo corra bem, tenho uma carga de medicamentos para tomar que me deixou furioso com o Dr. Gambeta. Uma caixa com 50 comprimidos de que vou necessitar apenas de dois! O resto vai para o lixo pondo-me revoltado contra a indústria farmacêutica que, naturalmente, pouco ou nada se interessa pelo Planeta. Não só esta indústria, como todas as outras. Os governos investem sobre as populações privando-as de tudo em nome da sustentabilidade do mundo, enquanto a Indústria prossegue na fúria dos lucros a qualquer preço. Dito isto, no espaço de uma semana, vou engolir porcarias que não consumi em toda a vida. 

         - Enquanto os combates prosseguem, 700 mil já deixaram a Rússia. 

         - Na Tailândia um ex-polícia ligado ao universo da droga, matou 38 pessoas muitas das quais crianças. Depois, foi a casa e liquidou a mulher e o filho e de seguida pôs termo à vida. Estes horrores cada vez mais frequentes, dizem muito do estado mental dos povos, das sociedades que se foram desenvolvendo pegadas a valores sem valor absolutamente nenhum.  

         - A leviandade do homem da esquerda socialista, à frente da “bandeira nacional”, vivendo à grande e à francesa dos nossos impostos da cor do sangue derramado na luta quotidiana pela sobrevivência, não teve pejo nem respeito e, de uma assentada, comprou 50 veículos da marca BMW, o carro que os pacóvios conduzem, e custa entre 50 e 65 mil cada (aqui perto montaram umas barracas pré-fabricadas e todos os seus proprietários têm à porta um lustroso BMW) para renovar a frota da pobretanas TAP. Este novo-riquismo, muito ao jeito dos socialistas que adoram a cagança e julgam que se distinguem pelos carros que conduzem, numa altura em que milhares de portugueses sobrevivem com imensas dificuldades, diz sem necessitar de palavras da desgraça que é a maioria que lhes deram. Eu, desde o camarada José Sócrates e do provinciano Cavaco Silva, que venho dizendo que maiorias só na revolta contra tudo isto. Todavia, ainda a procissão vai no adro. Quando estes deixarem o poder, temo um susto do tamanho daquele que nos provocou o camarada a banhos eternos na Ericeira. “Não te esqueças – dizia ele ao amigo de Leiria – de me mandares aquilo que tu sabes eu gosto tanto!”  

         - Como se previa, a Saúde não arranca e o CEO ( eles dizem ci i au) passado quase um mês ainda não se sentou para trabalhar. Entretanto, as férias terminaram, mas as urgências de obstetrícia continuam a carecer de médicos e a desarrumação em todo o SNS transformou-o numa tragédia nacional. Neste ponto como em todos os outros, é manifesto que António Costa anda aos bonés. Marcelo já não sabe como amparar a calamidade, resta-lhe apregoar que somos os melhores do mundo. Trágico, muito trágico.