domingo, outubro 23, 2022

Domingo, 23.

A miséria socialista que transformou o país em 50 por cento de pobres, é bem visível na quantidade de gente que se dedica por necessidade ao pequeno roubo. Famílias inteiras abastecem-se nos supermercados furtando latas de atum, cereais, bolachas e assim. O chefe de Estado, que tem estado calado a ver aumentar a pobreza, decidiu falar e chamar o Governo à responsabilidade. Não serve de nada, mas todos acomodam as suas delirantes consciências ao sabor da palavra vadia. 

         - Outro retrato da governação António Costa e imagem do país que somos. Em Coimbra, ainda no tempo que por lá andei, lembro-me de um edifício vetusto, feio de fachada, metido nos espaços estreitos da cidade, conhecido por Palácio dos Grilos. É ali que vai ser instalada a unidade dita de Entidade da Transparência, criada pelo Governo em 2019. Entretanto, os anos foram passado, e nada surgiu que se visse do empenho de primeiro-ministro em submeter os seus ministros e homens do partido à Justiça. A começar por uns quantos que, servindo-se da sociedade de advogados Linklaters do seu ex-ministro de Estado e Economia, Pedro Siza Vieira, a utilizaram para se defenderem das suspeitas de envolvimento em vários contratos de prestação de serviços por ajuste directo. Assim, o primeiro ajuste directo feito pela autarquia de Lisboa ainda no tempo de António Costa presidente da câmara, foi de 86.100 euros; seguiu-se outro contrato através da Linklaters no valor de 147.600 euros; veio depois outro negócio no montante de 86 mil euros contratado pela autarquia para representação num tribunal arbitral relacionado com o Parque Mayer, este já com Medina; ao todo foram seis ajustes directos que custaram em honorários de advogados 500 mil euros. No total, a Câmara de Lisboa (oito contratos) e a EPUL (dois contratos) gastaram entre Maio de 2013 e fim de 2016, 880 mil euros em serviços da dita agência de advogados. Fernando Medina, diz que está de consciência tranquila. Como sempre, beatifico sacristão.    

         - Até onde chega o fanatismo. Soube-se agora que o escritor Salman Rushdie atacado barbaramente em Agosto no estado de Nova Iorque quando se preparava para falar sobre a liberdade artística, perdeu um olho e não pode usar uma das mãos! 

         - Ontem passei horas na cozinha. Eu explico. Tinha apanhado ao longo da semana duas grandes tigelas de medronhos para fazer compota ou confiture como diz a Annie. Desejando evitar os pequenos grãos que são desagradáveis aos dentes e aos implantes que são dentes hollywoodescos, cozi o quilo e meio do fruto e passei-o pela rede do crivo. Excedi uma hora nesta operação. No final confrontei-me com o fundo do tacho de cobre vazio e a malga cheia de grainha. Disse para mim mesmo que não podia perder aquela parte do fruto e encontrei uma saída: passá-lo pelo centrifugador seguindo o princípio que aqui nada se perde tudo se transforma. O resultado foi satisfatório e encheu três frascos.