segunda-feira, setembro 19, 2022

 Segunda, 19.

Então foi assim. Mal me tinha sentado na esplanada, logo se apresentaram três empregados fardados para me servir. Conhecia dois deles. O terceiro, loiro, bigode biltre, sorridente, não. Imediatamente se instalou uma grande animação vinda não sei de onde nem a que propósito, pôs os três a perguntarem-me qual deles era isto e aquilo. Fui respondendo: “Este (o loiro) é suspeito; vocês os dois devem pertencer há muito ao sindicato”. Gargalha sonora, os fregueses esperavam, os meninos divertiam-se. Eis senão quando, surge um quarto rapaz, fardado, junta-se ao grupo e era o elemento que faltava no conjunto das queridas borboletas coloridas. Perguntam-me: “E este?” Respondo: “Esse é irmão daquele (o esbelto loiro).” A animação era tanta que os clientes na sua maioria estrangeiros, assistiam, aparvalhados. Ante o espectáculo, o polícia escapuliu-se, a atmosfera baixou, e antes que a patroa viesse pôr ordem, os restantes retomaram o trabalho e o loiro veio servir-me “a bica à maneira.”  A manhã rebentava de prazer e liberdade. 

         - Marcelo Rebelo de Sousa na sua euforia de agigantar Portugal, nem se dá conta ao insistir “na mais antiga Aliança com Inglaterra”, que foi graças a ela que a monarquia portuguesa se extinguiu. O mundo vive no efémero ou seja na morte. 

         - Afinal estamos pobres e miseráveis como, de resto, sempre estivemos. Ainda não há duas semanas, o sacristão dizia que dinheiro não faltava e por isso os organismos e instituições não passariam privação. Agora ai Jesus que a Segurança Social vai falir daqui a vinte anos e é necessário acautelar um tal fiasco. Daí a manobra do chico-esperto relativa ao cálculo das reformas a partir de 2024, criada pelos socialistas e depressa enterrado embora esteja na lei. “Modifica-se a lei” sentenciam o arcebispo e o sacristão. A propaganda, ante os problemas reais, esgota-se num ápice provando que a governação socialista tem sido um autêntico susto.