segunda-feira, novembro 19, 2018

Segunda, 19.

Não quero ser mais esperto que a maioria dos nossos estimados politólogos (parece que é assim que são designados), comentadores ou palradores de ocasião. Cruzes, não quero mesmo! Levo, contudo, sobre eles a vantagem de ser livre, de não ganhar a vida a bajular ninguém, de dizer o que penso e não procurar qualquer espécie de tacho. Vivo com pouco, mas alegremente, dando largas à felicidade da simplicidade que se instalou no meu existir. Contudo, se me lessem ganhariam com isso, esses que são profissionais do palavreado televisivo e o povo eleitor. Que os leitores se recordem de tantas figuras e figurões que ao longo dos anos levo deste Diário (os três volumes publicados e os milhares de páginas por editar), aqui anunciei o seu destino ao assomo dos primeiros discursos, das primeiras palavras, das aparições partidárias e assim. Os mais recentes: entre nós o provinciano do Norte Rui Rio; em França o banqueiro Emmanuel Macron. Do primeiro, nos inícios do primeiro mandato à Câmara do Porto, ainda pensei que seria diferente. Depressa me decepcionou; do último nunca tive ilusões. Percebi ao que vinha já no tempo do famigerado socialista Hollande.