Quarta, 7.
Choveu
toda a noite segundo me diz a Annie. Esta manhã fui ajudá-la nas compras
semanais no Carrefour. Saí tão esgotado como se tivesse feito a maratona de
Nova Iorque. O marido há muito que desistiu de a acompanhar. A minha amiga que
não quer arrear as amarras continua, mas sob uma energia fraca feita de nervos
e vontades lassas. Acompanhá-la a passo de caracol, com as frequentes passagens pelas estantes, onde se esqueceu disto e daquilo, é tarefa a um tempo
encorajante e desgastante.
- Robert que se despega com
dificuldade da sua península de Quiberon, mostrou-me mais estas imagens que
exibem a grande beleza da natureza que mede forças com o homem que a quer domar.
O último almoço, no Colibri, em face do mar, constituiu um momento único, não só
de convívio como da maestria da cozinha francesa. Comemos arraia com puré de
batata doce e abóbora misturadas, alcaparras, duas colheres de puré de babata encorpado
e ratatouille cortado em pedaços
muito pequenos. A mistura de todos estes elementos na boca é pura e
simplesmente genial, acompanhada por um Bordeaux branco seco, a fechar eu
escolhi um crepe de caramelo.
A personagem à esquerda desafia a morte |
Esta extasia-se ante a câmara e o mar |