terça-feira, julho 10, 2018

Terça, 10.
Pequeno frisson com o João ontem ao almoço no Adega da Mó, onde nos reunimos Carlos, Paulo Santos, eu e ele. Corregedor anda - como eu e talvez mais uns quantos -, preocupado com o destino da democracia. Mas para o nosso deputado, o que o inquieta é a política, enquanto a mim são os políticos. Aqui divergimos. Para mim a política não é uma abstracção, nem tão-pouco o sujeito que omite o alvo. A política não existe sem os cidadãos e devia ser feita para eles e não o alçapão onde os políticos se escondem para traficar influências, praticar corrupção, trabalharem para os partidos e, bem lá no fundo das suas preocupações, pensarem nos povos. As ditaduras de direita ou de esquerda, surgem das carambolas dos políticos e não da passividade e quase sempre ignorância da plebe. Swift dizia que podemos adivinhar o que Deus pensa da política, bastando olhar para as caras dos políticos. De facto, são todas muito feias.  

         - Um amigo explicava-me há dias que os hostels que proliferam por todo o lado, têm uma dupla utilização: de tarde as camas acodem aos aflitos em queca urgente, à noite aos turistas para deitarem a cabeça. Para ambos os casos, passa para cá 40 euros. Percebe-se. Os colchões têm uma vida efémera.


         - Entreguei na editora o manuscrito de O Pesadelo dos Dias Felizes em papel para apreciação. Por outro lado, ousei contactar a Quetzal para o mesmo efeito. Digo “ousei” porque ando a hesitar há ano e meio.