sexta-feira, fevereiro 02, 2018

Sexta, 2 de Fevereiro.

Eu tenho vergonha de ser português, nojo dos nossos governantes, asco a toda esta miserável gente que se aproveita dos cargos para traficar influências, enriquecer, roubar. Que respeito nos pode merecer uma classe política que andou calada durante tantos anos ante a corja de ladrões que nos governou, governando-se. O Papa dizia que a corrupção empobrece os pobres. Luminosas palavras. Porque é para ela que vão os nossos impostos, a tristeza dos hospitais, a falta de cultura das novas gerações, a frivolidade das televisões, o obscurantismo, a arrogância dos patetas do futebol, a impunidade construída nas centrais de advocacia, o lodaçal corporativo que camufla os interesses de uns e outros. É vê-los desfilar nos ecrãs de televisão com aqueles corpos esponjosos, aqueles rostos de assassinos, aquela arrogância de quem se sente protegido e sabe que a imunidade pode ser comprada ao mais alto filão do gangsterismo. Se viver em democracia é este calvário de desilusões e frustrações, que venha o iluminado porque ao menos sabemos ao que vem. Desgraçado país que consente todos estes criminosos sem se revoltar. Até onde suportará ele estes esquemas degradantes?