Domingo, 25.
O
Daesh para provar que ainda está vivo e atuante, volta que não volta, assina os
seus actos criminosos com assinatura de sangue. Foi o caso ontem ao fazer
explodir um carro no Iémen junto ao quartel dos combates ao terrorismo.
Resultado: 14 mortos.
- Chou-chou vai acabar como François
Hollande. Todos o detestam, as leis que tem produzido a ninguém agradam, os
seus ministros estão metidos em esquemas, alguns são acusados de abusos sexuais
as mulheres que estiveram ou estão perto deles, a máscara de juventude e
competência que vendeu, já não vale dez rés mel coados.
- Trinta dias de tréguas nos terríveis
combates em Ghouta Oriental, que fizeram em poucos dias milhares de mortos,
muitos deles crianças. Foi o excelente trabalho de António Guterres que vai
permitir acudir aos feridos, enterrar os mortos e refazer o balanço da
guerra.
- Há tempos falei ao Paulo Santos do
meu interesse em conhecer o museu Damião de Góis, recentemente inaugurado na
sua terra natal, Alenquer. Fomos lá ontem e convidámos a Matilde e o João
Corregedor, assim como o Carlos Soares. Dia magnífico de sol e boa disposição,
culturalmente muito rico e coberto com o manto da amizade que nos une. Chegámos
cedo ainda a vila estava a acordar. Começámos por visitar a igreja de S. Pedro
(séc. XII) que guarda as cinzas do ilustre humanista. De seguida fomos conhecer
o convento de S. Francisco, hoje sob a tutela da Santa Casa da Misericórdia. É
o primeiro convento franciscano do país, começado a ser levantado nos finais do
século XIII. Uma joia muito mal tratada. A começar pelo jardim do claustro e
acabar nas barras de ferro que parecem suster colunas e paredes, mas na
realidade mais não são que o estendedouro para as roupas do hospital que no
segundo e terceiro andares está em funcionamento. Este atentado brada aos céus
e não há ninguém que intervenha. Intervalámos para o almoço. Que momento
gastronómico! Por uma tuta e meia, comemos coisas deliciosas, bebemos um bom
vinho, sobremesas de tombar para o lado, para não falar do convívio onde
desaguou toda a sorte de temas a política, claro, ou não tivéssemos connosco o
nosso deputado. A tarde começou no museu por uma boa hora. Tivemos a sorte de
encontrar o guia, um homem formado em História d´Arte, que prontamente nos
adotou, percebendo que estávamos ao seu nível. O que o museu oferece ao
visitante, é não só a estrutura da antiga igreja de Santa Maria da Várzea, mas
também a história do nosso ilustre antepassado. Que começou por estar aqui
sepultado, antes de ser transferido para o monumento que venho de mencionar. Pelos
Anos Quarenta do século passado, Salazar no poder e a Igreja com todos os ventos
a sacudi-la para os braços de um regime que se aproveitou dela e reciprocamente,
a igreja começou a ser renovada depois de muitos anos em ruína sacudida por
tremores de terra. Os restos mortais de Damião de Góis estiveram lá e quando os
levantaram ninguém fez estudos para procurar saber as causas da sua morte. Esta
é um mistério, embora ninguém tenha dúvida que a Inquisição meteu aí o dedo.
O brasão de Damião de Góis e da esposa |
O túmulo do grande humanista |
As assinaturas dos bravos maçons nas pedras do convento franciscano |
- A Annie falou. Em Paris esperam-se
uns quantos graus negativos. Aqui estiveram hoje à tarde 19 graus.