sexta-feira, fevereiro 23, 2018

Sexta, 23.
Se os governos não se acautelam, arranjam mais um sector que junto com muitos outros, trabalham a nível mundial para erradicar a democracia das nações civilizadas. Refiro-me ao futebol. O que se tem passado e passa com os homens do desporto, é de tal modo terrível que é necessário alertar os políticos empenhados em manter o nosso regime e sistema de vida. O que eu vi na televisão com um clube espanhol, foi autêntica batalha campal, tendo saído dos confrontos um morto e vários feridos. Ninguém consegue travar estes fanáticos com laivos selvagens, em Espanha, Inglaterra, Portugal. Não nos esqueçamos que já no tempo do Estado Novo, a esquerda combatia a alienação do futebol, um dos três F, que afinal acabou por perder, como Fátima e Fado.

         - Recebi a Marília, João e Guilherme com quem passei um dia agradabilíssimo com almoço que se estendeu pelo adiantado da tarde. Com o João Corregedor, a discussão entra sempre pela política, mas já lhe vou ouvindo testemunhos de clarividência afastados da ideologia prisioneira da liberdade de opinião. A mulher, arquiteta, teceu loas a esta casa e nenhum deles me fez a pergunta sacramental: “não tens medo de aqui viver”? Quando os vi chegar carregados de pequenos presentes, pensei que eram os três Reis Magos. Depois, entrando em mim, percebi que o Natal ainda está longe.

         - Terminei o longo livro de Ezequiel. Os seis ou sete derradeiros capítulos, são incompreensíveis. É muito difícil entender a sua utilidade porque, se for para definir a Casa de Deus, a complexidade de uma tal arquitectura parece-se mais com uma planta cujo traçado nos leva à paralisação.


         - Dia radiante de sol. Que prazer viver no campo com um dia deste! O Guilherme até me pareceu menos triste, a Marília mais erudita, o João maior, eu a coxear melhor.