Quarta,
21.
Se
há um dia tocado pela perfeição, serenidade e equilíbrio esse dia é este aos 21
dias andados do mês de Fevereiro do ano 2018. Logo muito cedo com as horas
consagradas à escrita no Café da Casa, seguidas de ida ao barbeiro, almoço,
duas horas de leitura (estou no fim do terceiro volume da Bíblia traduzida por
Frederico Lourenço), e uma no remate da tarde no corte da erva daninha ao fundo
da quinta junto ao caminho, e ainda barbeei as palmeiras que o bicho me deixou do
conjunto de sete exemplares.
- Que seria das barbearias ou
cabeleireiros como agora se diz, sem o futebol. Hoje o meu barbeiro, juntamente
com o colega e mais três clientes, bateram forte no homem do Sporting. Não sei
o que se passou porque não acompanho as novelas dos palermas, mas o que quer
que fosse deu pano para mangas. A dada altura contra-ataquei e perguntei se não
havia mais nenhum tema que atraísse as suas atenções. Não passou muito tempo
estavam todos do meu lado, lamentando a invasão do futebol nas suas vidas, os
ordenados criminosos dos patetas, nos antípodas das reformas de 200 euros, e
quase iam dizendo como eu que as recentes e constantes cenas canalhas nos
campos por energúmenos inqualificáveis, mereciam que os estádios fossem
fechados para sempre.