Domingo,
18.
Chamar-lhe um texto de destruição é,
simplesmente, ridículo. É, pelo contrário, uma lux à procura de mais luz.
Importa encontrar os caminhos que erradiquem as tristezas e as opressões que
transformam a sexualidade – uma bênção divina do amor humano e das suas
expressões sexuais – numa solicitação ao pecado. O próprio sacramento do
matrimónio foi entendido como um modo de tornar lícita uma união de natureza
impura: a união sexual do homem e da mulher (Há aqui uma contradição, mas
enfim!) . Frei Bento Domingues, no
Público, a propósito da polémica ideia do cardeal-patriarca em querer obrigar
os casais divorciados a abstinência sexual, sob o pensamento do Papa Francisco.
- O congresso do PSD este
fim-de-semana? Uma feira de domingo.
- Em poucos dias, mais um acidente
aéreo. Desta vez no Irão matando 66 passageiros. Ainda não se sabe o que esteve
na sua origem.
- Ontem fui a Lisboa e voltei no barco
já a noite tinha descido sobre a cidade e o rio. Experiência de uma riqueza
incalculável. Os passageiros, todos de origem modesta, debaixo das luzes
amarelas do interior do barco, com os balanços no meio do Tejo, as conversas e
os arremedos de vulgaridades rascas, cervejas entre as pernas quando se
sentavam, eles; os filhos traquinas nos regaços, elas, as vozes e os rádios em
altos berros, os negros de dedos grossos enfeitados de anéis dourados, o rapaz
empinocado, calça justa, carnes tatuadas que têm de ser exibidas apesar do frio,
o pequeno bar apinhado de mulheres e homens a bebericar bebidas cheias de cores
bizarras, os corpos dengosos, cansados, estendidos à sensualidade de quem finge
não olhar, um odor a fragrâncias corporais agridoce, mistura de suor ressequido
com perfumes de supermercado, uma atmosfera cansada, ritmada por um quotidiano
de sucessivas camadas de cansaços a caminho de casa onde decerto os espera uma
sopa, a impositiva televisão e ainda mais e mais cansaço que todos os domingos
das suas vidas não irão aligeirar.