Domingo, 11.
Não
sei o que se desenha a partir de Israel com o apoio de Trump, mas não me cheira
nada bem. Há demasiada envolvência na região de forças opostas que parecem
aguardar a ordem de partida para algo assustador.
- Longa conversa com o Corregedor a
propósito de Inteligência Artificial. Ele está preocupado com a alteração de
forças no mundo do trabalho, entenda-se redução de postos laborais. Disse-lhe
que eu não sinto essa preocupação. Pelo contrário. A chamada Revolução
Tecnológica, trouxe mais-valias à humanidade e uma quantidade de milhares de
empregos antes inexistentes. Só espero que os cientistas consigam construir um
robô capaz de substituir com vantagem para os cidadãos governantes humanos,
competentes, incorruptos e honestos para mandarmos às urtigas estes que nos (des)governam.
- Uma frase de José Graziano da Silva
ao Público: “Hoje, a fome não se explica pela falta de produção de alimentos,
mas sim pela falta de acesso aos alimentos.”
- Não estou nada seguro que aquilo que
dificilmente me chegou esta manhã, vá durar plasmado nas páginas de O Juiz Apostolados por muitas horas.
- Num país arado de frustrados e
cobardes, não admira que o caso do vice-presidente do CDS, Adolfo Mesquita
Nunes, que assumiu a sua identidade sexual, seja motivo para falatório e ferretes
em cartazes partidários, como aconteceu na Covilhã. Gostei da forma como ele
reagiu, pondo a ética acima da sua orientação sexual. Quem dera que outros,
tidos por muito inteligentes, mas que em verdade andam rendidos ao dinheiro
farto e aos prazeres do sexo pelos bas-fond
onde tudo tem um preço – dignidade e prazer -, tivessem a coragem de fazer como
ele. Refiro-me a políticos, jornalistas, jogadores de futebol, porque os
artistas estão acima da vulgaridade, nas tintas para a moral serôdia e
aparências suspeitas que se entretêm a cheirar onde não devem. Ainda por cima o
homem até é apessoado e de um brilho intelectual pouco habitual no seu partido
e arredores.