domingo, fevereiro 11, 2018

Domingo, 11.
Não sei o que se desenha a partir de Israel com o apoio de Trump, mas não me cheira nada bem. Há demasiada envolvência na região de forças opostas que parecem aguardar a ordem de partida para algo assustador.

         - Longa conversa com o Corregedor a propósito de Inteligência Artificial. Ele está preocupado com a alteração de forças no mundo do trabalho, entenda-se redução de postos laborais. Disse-lhe que eu não sinto essa preocupação. Pelo contrário. A chamada Revolução Tecnológica, trouxe mais-valias à humanidade e uma quantidade de milhares de empregos antes inexistentes. Só espero que os cientistas consigam construir um robô capaz de substituir com vantagem para os cidadãos governantes humanos, competentes, incorruptos e honestos para mandarmos às urtigas estes que nos (des)governam.

         - Uma frase de José Graziano da Silva ao Público: “Hoje, a fome não se explica pela falta de produção de alimentos, mas sim pela falta de acesso aos alimentos.”

         - Não estou nada seguro que aquilo que dificilmente me chegou esta manhã, vá durar plasmado nas páginas de O Juiz Apostolados por muitas horas.


         - Num país arado de frustrados e cobardes, não admira que o caso do vice-presidente do CDS, Adolfo Mesquita Nunes, que assumiu a sua identidade sexual, seja motivo para falatório e ferretes em cartazes partidários, como aconteceu na Covilhã. Gostei da forma como ele reagiu, pondo a ética acima da sua orientação sexual. Quem dera que outros, tidos por muito inteligentes, mas que em verdade andam rendidos ao dinheiro farto e aos prazeres do sexo pelos bas-fond onde tudo tem um preço – dignidade e prazer -, tivessem a coragem de fazer como ele. Refiro-me a políticos, jornalistas, jogadores de futebol, porque os artistas estão acima da vulgaridade, nas tintas para a moral serôdia e aparências suspeitas que se entretêm a cheirar onde não devem. Ainda por cima o homem até é apessoado e de um brilho intelectual pouco habitual no seu partido e arredores.