Terça,
14.
Os
ingleses sempre se souberam governar. Nesta constatação está o seu
comportamento enquanto membros da UE e agora no time da saída. Abandonam o barco quando ele começou a afundar-se e
o desvario corre desgovernado. Ao ponto destes pobres dirigentes desregulados,
num salve-se-quem-puder, retomarem o tema do início da construção do desastre:
a Europa a duas velocidades. O que eles querem dizer e não têm coragem, é que
se trata de uma Europa de povos de primeira e povos de segunda. Ou dito de
outro modo: daqueles que cumprem as suas imposições e daqueles que praticando a
independência, agem segundo os interesses dos respectivos países. O menino
Miguel que não diz coisa com coisa, face a este critério de que se diz de
acordo, abriu saudoso o bico para relembrar os tempos da “Europa solidária”.
Esqueceu-se de dizer que tempos foram esses, se Portugal teve a solidariedade
dos “irmãos” de Bruxelas, nós e a Grécia, a Itália e basta. Subjaz na cabeça
dos líderes patati patata, a ideia
de convidar François Hollande para dirigente do monstro, ele que é medíocre até
dizer chega, deixou a França coberta de vergonha, pobres aos milhares, a
economia de rastos, os trabalhadores humilhados, a cena política dividida, o
caminho aberto a Marine Le Pen... A esquerda patachon, invoca com frequência o “populismo”, mas não se retracta
na origem de toda esta confusão e penalização de que se diz vítima. Os povos
estão fartos de serem enganados, ostracizados, humilhados e maltratados por uma
corja de políticos que estão em permanência nos palcos dos tribunais. Isso
eles, aburguesados nos seus cargos, respondem: “bico calado”. Para além de
abusarem dos poleiros rapando o tacho acessível, também gozam a vida à conta do
contribuinte. Aquele pipi chamado Emmanuel Macron, quando foi ministro do liliputiano
Hollande, gastou 300 mil euros em Las Vegas. Se chegar à cadeira da presidência,
quanto esbanjará?