terça-feira, março 14, 2017

Terça, 14.

Os ingleses sempre se souberam governar. Nesta constatação está o seu comportamento enquanto membros da UE e agora no time da saída. Abandonam o barco quando ele começou a afundar-se e o desvario corre desgovernado. Ao ponto destes pobres dirigentes desregulados, num salve-se-quem-puder, retomarem o tema do início da construção do desastre: a Europa a duas velocidades. O que eles querem dizer e não têm coragem, é que se trata de uma Europa de povos de primeira e povos de segunda. Ou dito de outro modo: daqueles que cumprem as suas imposições e daqueles que praticando a independência, agem segundo os interesses dos respectivos países. O menino Miguel que não diz coisa com coisa, face a este critério de que se diz de acordo, abriu saudoso o bico para relembrar os tempos da “Europa solidária”. Esqueceu-se de dizer que tempos foram esses, se Portugal teve a solidariedade dos “irmãos” de Bruxelas, nós e a Grécia, a Itália e basta. Subjaz na cabeça dos líderes patati patata, a ideia de convidar François Hollande para dirigente do monstro, ele que é medíocre até dizer chega, deixou a França coberta de vergonha, pobres aos milhares, a economia de rastos, os trabalhadores humilhados, a cena política dividida, o caminho aberto a Marine Le Pen... A esquerda patachon, invoca com frequência o “populismo”, mas não se retracta na origem de toda esta confusão e penalização de que se diz vítima. Os povos estão fartos de serem enganados, ostracizados, humilhados e maltratados por uma corja de políticos que estão em permanência nos palcos dos tribunais. Isso eles, aburguesados nos seus cargos, respondem: “bico calado”. Para além de abusarem dos poleiros rapando o tacho acessível, também gozam a vida à conta do contribuinte. Aquele pipi chamado Emmanuel Macron, quando foi ministro do liliputiano Hollande, gastou 300 mil euros em Las Vegas. Se chegar à cadeira da presidência, quanto esbanjará?