Sexta,
10.
Eu
meço a temperatura do falatório do pagode através da Piedade. Esta, ontem,
surgiu com a indignação estudada: “Então já viu a pouca vergonha deles na
Assembleia! Chamam tudo uns aos outros! Como querem eles que a gente os
respeite, diga-me lá!”
- Estive à conversa no Chiado com o
João Corregedor e com uma poetisa interessantíssima que nos saiu ao caminho. A
dada altura ela quis saber quem eu era, e eu disse que me chamava Helder para
que a conversa no que me dizia respeito ficasse por ali. João, contudo, vendo a
curiosidade da senhora, disse o meu nome completo e não satisfeito acrescentou
que eu era escritor. Logo a gentil escritora: “Ah, Helder de Sousa, sim, sei!”
João pareceu-me ter passado para segundo plano e eu corei de embaraço.
- Simão está em Nápoles no ron-ron com
a sua amada italiana. Telefonou-me a dizer que estava a jantar no restaurante
onde nós íamos todos os dias e ficava em frente ao grande hotel onde nos hospedámos.
Simão é o que se pode definir por sádico.
- Para quem tenha curiosidade em ler o
que escrevi este mês na revista Triplov,
número 63, aqui fica o endereço: www.triplov.com