quinta-feira, setembro 11, 2025

Quinta, 11.

Já aqui reflecti sobre aquilo a que os políticos chamam “responsabilidade política” e que eu por muitas voltas que dê à cabeça não consigo decifrar. O que me ocorre é zero. Porque acusar um político de responsabilidade, é encobri-lo dos desastres que eventualmente praticou quando em cargos públicos. Reparem. Quando um político é acusado de laxismo ou falta de competência para o cargo, o que lhe acontece é apenas ser demitido e vai à sua vidinha antiga, tranquilamente. Outro dia Marcelo Rebelo de Sousa tentou decifrar o que significa “responsabilidade política” nestes termos: “Responsabilidade política há... Quem quer que exerça um cargo político é politicamente responsável. Quem está à frente de uma instituição pública, está sujeito a um juízo político por aquilo que aconteça de menos bem nessa instituição, mesmo sem culpa nenhuma, mesmo que em intervenção nenhuma.” Perceberam? Eu patavina. Charabiá puro. 

         - Isto vem a propósito do acidente no elevador da Glória, como eu previ nunca saberemos a quem atribuir responsabilidades. A trapalhada é já tanta, que os tribunais não vão conseguir acusar ninguém. Porque a mentira tomou conta dos meandros terríveis que levaram à morte 16 pessoas. Continuo a pensar que todo o drama nacional nasce do laxismo público, dos cargos oferecidos aos camaradas dos partidos, das conivências, da corrupção que grassa por todo o lado. Não há quem tome conta desta malandragem, desta sofreguidão pelo poder, desta luta entre partidos que não têm nem nunca tiveram em conta o interesse nacional. Com uma administração pública encharcada de funcionários, dependentes do Orçamento de Estado, um exército de velhos submissos de subsídios, sem dignidade, apodrecendo ao sol triste do fim de vida, com uma pobreza solidamente estabelecida nos dois milhões e meio de indigentes, salários baixos e resignação é natural que aceitem por destinado o que os políticos matreiros lhes oferecem. 

         - Aqui como por todo o lado. Um exemplo. A moda dos “influencer” nem sempre acaba bem. Um activista que tentava influenciar a juventude trumpista, foi assassinado a tiro numa universidade dos EUA. Republicanos e democratas uniram-se na condenação. Pois, sim. 

          - Trago aí o Sr. José Manuel verdadeiro espalha-brasas. O homem, com 70 anos, não pára um momento e até a mim me dá fanicos. Voltou também o Nilton porque o skymer que ele havia reparo, abriu fenda. Eu desde a primeira hora que desconfiava. No mês de Agosto a coisa andou bem, o equilíbrio do cloro e PH foi satisfatório. Ele quer aplicar uma cola, mas eu já me vou preparando para o substituir.