quinta-feira, junho 01, 2023

Quinta, 1 de Junho. 

Fui pela primeira vez desde que cheguei a Lisboa estar com a malta da Brasileira. Lá encontrei o Virgílio, a Luísa, Carmo e Castilho. A nossa mesa era uma ilha no meio do oceano de línguas e personagens de todas as nações. Tempo esplêndido. Depois desci o Chiado com o António e esbarrei com uma banca de livros velhos. Não resisti e comprei um livro fanado por cindo euros. Trata-se da obra de Gide La Symphonie pastoral (edição Gallimard de 1939) que não me lembro haver lido, dedicado a Jean Schlumberger de quem falei no início deste ano nestas páginas. Bref. Dei um salto de seguida à CGD e de imediato ao C.I. onde almocei no restaurante bem e a preço correcto. 

         - Quando regressei a casa, no Fertagus, entrou a dada altura um rapaz alto, em calções, perna salpicada de pelos negros q.b., traseiro redondo bem desenhado disposto de forma empinada, coxas fortes e bem formadas, rosto normal de sobrancelhas aparadas, o lábio inferior carnudo, o superior quase inexistente, todo ele mostrando um ar desafiante sob fundo ameaçador, irritantemente sensual, como a dizer “que todos me admirem, pois não estou aqui para outra coisa”. Devia rondar os dezoito anos insolentes. É um dos modernos onanistas que ignoram de que lado está a masculinidade. 

         - Respigo do Público: “Zeinal Bava foi condenado no Brasil a duas multas de 170 milhões de reais, equivalente a 31,5 milhões de euros. A condenação por parte da Comissão de Valores Mobiliários do Brasil diz respeito a dois processos sobre a operadora brasileira Oi, que foi liderada pelo português após uma parceria com a então Portugal Telecom.” E lembrar-me eu que este senhor foi durante anos louvado pela impressa portuguesa como o melhor PDG da Europa (ainda não se aplicava a sigla CEO como fazem hoje os saloios e pacóvios políticos e gestores da banca e de outros negócios)!